domingo, 24 de fevereiro de 2013

14. "A MISERICÓRDIA DO SENHOR"

0014/2013. Pastor Antonio José na Igreja Batista Betel - Jardim Ângela. Meus amados, hoje estive pregando na Igreja Batista Betel no Jardim Ângela dirigida pelo Pastor Jeremias. Agradeço à acolhida e postei a mensagem. 
"Alguns dizem que Jeremias é um profeta chorão, mas, ele foi um dos profetas que fora escolhido por Deus para um tarefa árdua. Seu choro e seu lamento tinham uma razão; era o choro de Deus diante de tanta dureza e rebeldia. Jeremias olha para a misericórdia de Deus e por meio dela, o seu povo, foi sempre poupado; o contrário, o povo teria já muito tempo se consumido. Jeremias foi um profeta lúdico, ou seja, usou de recursos didáticos para levar o povo a fixar, e entender o que Deus estava querendo lhes ensinar. Mas, debalde, o povo sempre se mostrou resistente, difícil de ser tratado, prepotente e obstinado.  O pecado estava instituído até mesmo no seio da família. Os filhos traziam a lenha e o os pais preparavam o fogo e as mães faziam o bolo para oferecerem à rainha do céu. Ninguém pontuava ninguém, todos eram cúmplices do mesmo pecado. Todos comungavam do mesmo pecado. O pecado estava instalado na estrutura familiar. E o profeta jeremias fora escolhido por Deus para quebrar com essa estrutura maligna. Fora chamado, para destruir e demolir   essa entidade perversa, que levava a família crente à apostasia.  Vejamos...
  1. O cinto amarrado no lombo do profeta simbolizava o apego de Deus ao seu povo; depois o mesmo cinto foi posto numa fenda no rio Eufrates... O cinto após algum tempo apodreceu, o que simbolizava a resistência de um povo que fez pouco caso de Deus - Jeremias 13. 
  2. Jeremias ilustrou a mensagem com o vaso na mão do oleiro. O vaso quebrou! Deus não poderia ter feito o mesmo com o seu povo? Jeremias disse que sim, mas o povo respondeu: Não - Jeremias 18.12. Mas o vaso não convenceu! 
  3. Jeremias usou da botija. Quebrou a botija... Assim o Senhor iria quebrar a soberba de Israel - Jeremias 19. 11. Mas a botija não convenceu! 
  4. Jeremias usou de um cesto de figos, bons e ruins. Bons os que eram tratáveis, os figos ruins simbolizavam os filhos de Israel resistentes. Jeremias 24.5-6. Mas o cesto de figo não convenceu!
  5. Jeremias se decepcionou. Foi lançado numa cisterna. Levou uma tapa de Pasur; foi preso com as mãos e os pés no cepo... Após isso Jeremias chora, lamenta, e chega à conclusão seguinte, se estamos de pé é por causa da misericórdia do Senhor que se renova a cada manhã, o contrário, diante de tanta dureza, Deus já teria desistido de nós. - Lamentações de Jeremias 3.22-24. Louvado seja Deus por essa misericórdia traduzida na pessoa de Jesus.
Para finalizar, esta mensagem, me veio ao coração neste momento a vida de homem o qual foi privilegiado, pois, foi a ele que o Senhor o arrebatou e deu-lhes as revelações sobre a Igreja. Ao voltar do seu arrebatamento afim de que não se gloriasse, foi lhe dado por Satanás um espinho na carne. Era uma fraqueza! Um espinho incomoda... O espinho tinha um fim, um objetivo, para que não se gloriasse. Paulo rogou ao Senhor; deveria ser sofrido para ele. Ele estava diante de uma fraqueza que o fazia se lembrar do quanto era humano. Diante de sua fraqueza o Senhor o conforta. Diz ao o homem de Deus que sua graça lhe bastaria. Isso nos leva a pensar que por mais que tentemos ser bons, nunca o seremos 100%. Precisamos da graça de Deus; da misericórdia de Deus; ela é a razão única da nossa existência; se não fosse sua graça traduzida na sua misericórdia, já há muito teríamos sido banidos da face da terra. 

sábado, 23 de fevereiro de 2013

13. "DEVERES DO MINISTRO DE DEUS"

0013/2013. Pr. Antonio José no dia 23 de fevereiro de 2013. 
1o. Dever: O Ministro de Deus deve preservar a verdade da Palavra de Deus; ter zelo por ela. O engano existe, e se impõem com força para dissuadir a verdade de Deus. 1 - Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios; 2 - Pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência; 3 - Proibindo o casamento, e ordenando a abstinência dos alimentos que Deus criou para os fiéis, e para os que conhecem a verdade, a fim de usarem deles com ações de graças; 4 - Porque toda a criatura de Deus é boa, e não há nada que rejeitar, sendo recebido com ações de graças. 5 - Porque pela palavra de Deus e pela oração é santificada. 

2o. Dever: O Ministro de Deus tem o dever de ser sensato, sábio; não deve se envolver com palavras que não agregam nada; que não acrescentam; deve rejeitar tudo àquilo que só causa contenda e divisão. 6 - Propondo estas coisas aos irmãos, serás bom ministro de Jesus Cristo, criado com as palavras da fé e da boa doutrina que tens seguido. 7 - Mas rejeita as fábulas profanas e de velhas, e exercita-te a ti mesmo em piedade;

3o. Dever: Muitas coisas são importantes, mas o principal de todas elas são as virtudes do céu. Por isso, o ministro tem o dever de ser misericordioso; bom, amável.  8 - Porque o exercício corporal para pouco aproveita, mas a piedade para tudo é proveitosa, tendo a promessa da vida presente e da que há de vir. 9 - Esta palavra é fiel e digna de toda a aceitação; 

4o. Dever: Paulo, o apóstolo, no texto seguinte coloca o discípulo Timóteo como cúmplice da mesma causa e da mesma obra. Por isso, o ministro deve ser obediente aos seus líderes; dever de fidelidade nos ensinamentos e também o dever de ensinar aos outros. 10 - Porque para isto trabalhamos e lutamos, pois esperamos no Deus vivo, que é o Salvador de todos os homens, principalmente dos fiéis. 11 - Manda estas coisas e ensina-as. 

5o. Dever: Timóteo era jovem, e como jovem, Paulo o chama para uma missão - fazer com que ele fosse considerado por todos e não desprezado; mas para isso era preciso que ele servisse de exemplo. Por isso, fica estabelecido que o ministro deve fazer valer sua missão, por meio de bons exemplos em todas as áreas. 12 - Ninguém despreze a tua mocidade; mas sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, no amor, no espírito, na fé, na pureza. 13 - Persiste em ler, exortar e ensinar, até que eu vá. 

6o. Dever: O ministério é um dom de Deus, dado por Deus, por meio da revelação; mas é confirmado pela Igreja por meio dos líderes que os separa. Por isso, o ministro tem o dever de zelar pelo seu chamado. Tem o dever de valorizar o chamado e não pode negligenciar o que Deus confiou em suas mãos.   14 - Não desprezes o dom que há em ti, o qual te foi dado por profecia, com a imposição das mãos do presbitério. 

7o. Dever. O valor de um ministério se dá por meio do empenho e dedicação. Por isso o ministro tem o dever de investir no seu ministério, dedicar-se ao estudo da Palavra, na oração e no testemunho pessoal perante aos outros. 15 - Medita estas coisas; ocupa-te nelas, para que o teu aproveitamento seja manifesto a todos. 16 - Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

12. "A IGREJA AGONIZANDO"

Eu estou certo que, a renúncia do Papa Bento XVI é rica de significados. Seria até mesmo uma ingenuidade pensar que não teria nenhum sentido, tanto para a Igreja Católica, quanto para nós que abraçamos a fé protestante. Não podemos deixar que isso passe despercebido, uma vez, que a figura do papa e o que ele representa tem um peso significativo em todas as esferas. É grande a influência do Pontífice no mundo, entre os reis e demais governantes, tendo em vista o seu papel religioso e político. Desde  Gregório I (540 d.C a 604 d.C ) que estabeleceu as bases do papado não só como uma figura religiosa, mas também como um grande estadista, a influência do Papa é notável. Por isso, que sua queda também é rica de pormenores que o leigo comum não é capaz de perceber. Os anos se passaram, os pensamentos e ideias se avançaram e a igreja não deu conta desse avanço, até porque a ideia de que ela é a igreja de Cristo lhe garantiria uma certa tranquilidade. Debalde, porém, pois a igreja não acompanhou a evolução dos homens, poderia já no Concílio de Trento ter repensado sobre alguns dogmas cujo avanço dos que não aderiram ao cisma luterano clamava por uma reforma, não somente na liturgia, mas na reflexão teológica, e se o fizesse poderia ter colhido grandes frutos nesse momento em que embrenhamos num novo milênio, que nos desafia, protestantes e católicos a nos posicionar ante as mais diferentes demandas de cunho ético e humano. Questões, como, o celibato dos sacerdotes, a ordenança de mulheres, a infalibilidade do papa, e a iconoclastia. Mas nada avançou nesse sentido, ao contrário, com o Papa "moderno" João Paulo II a igreja retrocedeu. A própria "ala" esquerda da igreja usou tal expressão. O próprio Papa "moderno" tornou todas as aparições da Virgem Maria, que até então não tinha nenhum valor dogmático, por isso qualquer católico poderia crer ou não crer; mas, João Paulo II fez que isso se tornasse dogma, e aí atribuiu a Virgem pelo fato das mais diferentes aparições os mesmos atributos que só a Deus pertencem dentre esses o de onipresente. Os sinais de mudanças vistos no Papa João XXIII e na realização do Vaticano II não se evoluíram, pois a igreja insistia nas doutrinas estabelecidas no Concílio de Trento. No entanto, a igreja demonstrou certa vontade de aproximação com os protestantes quando então os chamou de "irmãos separados". Mas, cremos nas Escrituras e na metodologia da "Solo Scriptura" o que só inviabiliza qualquer aproximação. A teologia da libertação surgiu com uma "cara" nova. A Igreja estava diante de uma postura teológica que quebraria ao menos com essa liturgia mórbida; ela ganhou força na América Latina, pois surgiu numa época de ditadura militar na qual o povo continuava sendo massa de manobra, mas a TL surgiu para mudar esse quadro, ou fazer o povo acordar e lutar por igualdade tendo como castilha as ideias de Marx. Uma ala da igreja por meio da TL reconheceu que os direitos são iguais para todos; a igreja precisava sair do seu academicismo e ingressar junto do povo, fazer valer a direito do povo mas sob uma perspectiva social, histórica, e o aspecto religioso ficava alheio. O próprio ex-papa Bento XVI quando era o cardeal Ratzinger foi um combatente voraz contra essa linha ao ponto de influenciar João Paulo II a condenar um dos maiores teólogos dessa linha liberal da igreja ao "silêncio obsequioso", o Frei Leonardo Boff. No demais, João XXIII inaugurou no seu pontificado a "era" do Espírito Santo; a igreja se viu diante de um movimento, que embora não nascesse de uma escola teológica, mas que foi aceito de bom grado, sobretudo nos EUA (país cuja população é na maioria protestante), o que se convencionou chamar de "Renovação Carismática Católica". Com a eleição do Papa Bento XVI a igreja ficou surpresa, tanto a ala da esquerda (TL) e o lado pentecostal dos carismáticos ficaram temorosos, pois como conservador, sua Santidade era uma figura que estava à frente da Congregação da Doutrina da Fé, que na Idade Média  funcionava como "Tribunal da Inquisição". O movimento carismático também era uma ameça ao catolicismo tradicional, bem como a TL. Um dado importante, na sua visita ao Brasil, Bento XVI se negou a se encontrar com um dos ícones do movimento carismático em São Paulo. Mas, a igreja não foi capaz de banir a RC, como baniu a TL - (A igreja ficou sem Dom Helder Câmara, sem Leonardo Boff, sem o cardeal Arns; sem dom Luciano) - no entanto, como os adeptos ao movimento carismático eram compostos de leigos católicos, o movimento se submeteu as cartilhas de orientação de como os grupos carismáticos deveriam atuar, segundo os critérios das Conferências Episcopais, no caso do Brasil, a CNBB. Concomitante, a isso, os escândalos começaram a surgir, dentro e fora do Vaticano. Só nos EUA, a Arquidiocese de Washington decretou falência de seus cofres por conta de pagar as somas milionárias aos jovens que foram abusados por padres pedófilos. Durante anos e anos, tal prática parecia comum no seio da igreja. Homossexualismo,  padres adictos, mancharam para não dizer desmoralizaram a igreja que sempre se mostrou como guardiã da família. A "hemorragia" de fieis católicos no mundo é uma realidade que não se pode negar, por conta de duas linhas de ideias, as igrejas evangélicas com propostas mirabolantes e ou o ateísmo gritante, de cunho existencialista sartriano. A igreja diante de tudo isso perdeu o seu prestígio. Escândalos que vieram a tona por meio de um livro "Sua Santidade" de Gianluigi Nuzzi, e dos "documentos secretos" do Papa,  nas mãos do seu mordomo, cujo teor não se sabe; mas o fato o levou  à prisão; mas  poucos  meses depois foi liberto por um indulto do próprio Papa que o visitou e lhe concedeu perdão. Portanto, a igreja está sem moral num mundo tão carente de moralidade; a imoralidade fez parte e ainda quem sabe não está fazendo; uma igreja que embriagou os homens com o vinho da sua lascívia, homens grandes e pequenos. Não esqueçamos que adultério nas Escrituras se aplica à relação de Deus e seu povo no concerne à apostasia. O mundo, hoje, está diante de um teólogo bem sucedido, mas como "pastor" um fracassado, denota que a igreja também renuncia o seu posto; ela está caindo; começou sua ruína. Mas ainda há pessoas boas lá dentro que precisam sair, como diz João no livro do Apocalipse " E ouvi outra voz do céu, que dizia: Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas" . Apocalipse 18:4. Estamos vendo a ruína da igreja católica. Bento XVI caiu, e o mundo lamenta, tal como a Bíblia já dizia no livro do Apocalipse 18. Ninguém poderia esperar por isso. A queda foi uma surpresa para todos. Nos chama atenção porém uma pergunta por que o papa renunciou se ele era um homem intelectualmente forte? Eu tenho uma hipótese  pode ser que o Santo Padre seja realmente sério naquilo que ele pensa e acredita, e por conta dessa seriedade, ele se viu incapaz de lidar com o contraditório, ao mesmo tempo combater a homossexualidade que agora culturalmente já está sendo aceita nos países tido como católicos e ao mesmo tempo lidar com os escândalos de pedofilia embricado no alto e baixo clero. " E o fruto do desejo da tua alma foi-se de ti; e todas as coisas gostosas e excelentes se foram de ti, e não mais as acharás". Em outras palavras o papa está sem moral, não por conta dele talvez, mas de seus vocacionados; ele se sente envergonhado; e mais quando a própria igreja não é capaz de entregar os que se desviam aos tribunais para serem condenados. A igreja está tomando do vinho derramado. A queda do Papa é a queda de uma igreja arruinada... Hoje os noticiários dizem que o Papa renunciou  pelo bem da igreja. Essa fala do Papa, quando diz que "vai sair para o bem da igreja" é absolutamente dúbia; o que dá margem para diversas interpretações: 1) Ele na igreja estaria dando prejuízo, mas nesse caso que prejuízo? 2) Ele enquanto o Sumo-Pontífice deveria estar cometendo algum ato incompatível ao posto de "santidade". 3) Ele sabe de tudo o que se passa no Vaticano, coisas boas e escusas, e se ficasse poderia colocar a "boca" no trombone. 4) O papa cansou das atitudes hipócritas de seus presbíteros, alguns pedófilos; se continuar no pontificado poderia entregar todos à justiça comum o que seria um caos para a igreja. 5) Esse pastor é um homem santo; de tal modo que ficar como o Sumo Pontífice o obrigaria a excomungar muita gente, tanto da ala liberal, quanto da ala carismática. Nisso, vejo que merece a minha admiração... Se os itens da minha interpretação forem verdadeiros, Ele fez o que muitos líderes deveriam fazer diante da corrupção; ou se vende o caráter ou então se mescla tornando-se uma erva daninha tanto quanto. 

Apocalipse 18.

10 - Estando de longe pelo temor do seu tormento, dizendo: Ai! ai daquela grande Babilônia, aquela forte cidade! pois numa hora veio o seu juízo. 11 - E sobre ela choram e lamentam os mercadores da terra; porque ninguém mais compra as suas mercadorias: 12 - Mercadorias de ouro, e de prata, e de pedras preciosas, e de pérolas, e de linho fino, e de púrpura, e de seda, e de escarlata; e toda a madeira odorífera, e todo o vaso de marfim, e todo o vaso de madeira preciosíssima, de bronze e de ferro, e de mármore 13 - E canela, e perfume, e mirra, e incenso, e vinho, e azeite, e flor de farinha, e trigo, e gado, e ovelhas; e cavalos, e carros, e corpos e almas de homens. 14 - E o fruto do desejo da tua alma foi-se de ti; e todas as coisas gostosas e excelentes se foram de ti, e não mais as acharás. 15 - Os mercadores destas coisas, que com elas se enriqueceram, estarão de longe, pelo temor do seu tormento, chorando e lamentando, 16 - E dizendo: Ai, ai daquela grande cidade! que estava vestida de linho fino, de púrpura, de escarlata; e adornada com ouro e pedras preciosas e pérolas! porque numa hora foram assoladas tantas riquezas. 17 - E todo o piloto, e todo o que navega em naus, e todo o marinheiro, e todos os que negociam no mar se puseram de longe; 18 - E, vendo a fumaça do seu incêndio, clamaram, dizendo: Que cidade é semelhante a esta grande cidade? 19 - E lançaram pó sobre as suas cabeças, e clamaram, chorando, e lamentando, e dizendo: Ai, ai daquela grande cidade! na qual todos os que tinham naus no mar se enriqueceram em razão da sua opulência; porque numa hora foi assolada. 20 - Alegra-te sobre ela, ó céu, e vós, santos apóstolos e profetas; porque já Deus julgou a vossa causa quanto a ela. 21 - E um forte anjo levantou uma pedra como uma grande mó, e lançou-a no mar, dizendo: Com igual ímpeto será lançada Babilônia, aquela grande cidade, e não será jamais achada. 22 - E em ti não se ouvirá mais a voz de harpistas, e de músicos, e de flautistas, e de trombeteiros, e nenhum artífice de arte alguma se achará mais em ti; e ruído de mó em ti não se ouvirá mais;

23 - E luz de candeia não mais luzirá em ti, e voz de esposo e de esposa não mais em ti se ouvirá; porque os teus mercadores eram os grandes da terra; porque todas as nações foram enganadas pelas tuas feitiçarias. 24 - E nela se achou o sangue dos profetas, e dos santos, e de todos os que foram mortos na terra.

domingo, 10 de fevereiro de 2013

11. "A SEGUNDA IGREJA DO APOCALIPSE..."

0011/2013. A Igreja de Esmirna. Apocalipse 2:8-11. Mensagem do Pastor Antonio José no culto de domingo à noite. 
8 - E ao anjo da igreja que está em Esmirna, escreve: Isto diz o primeiro e o último, que foi morto, e reviveu: 9 - Conheço as tuas obras, e tribulação, e pobreza (mas tu és rico), e a blasfêmia dos que se dizem judeus, e não o são, mas são a sinagoga de Satanás. 10 - Nada temas das coisas que hás de padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida. 11 - Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: O que vencer não receberá o dano da segunda morte. Mensagem: A Igreja de Esmirna, dentre as sete é a única que não recebeu nenhuma advertência; esse dado é importante, pois levando-se em conta que, a interpretação desta corresponde a uma etapa da igreja, logo podemos dizer que se tratava do segundo século da igreja. Século que compreende os anos 100 ao 313 da era cristã. Nestes anos, não havia como advertir uma igreja que foi capaz de dar a própria vida por amor ao Cristo. As perseguições cada vez mais se intensificavam, foram muitos os que foram levados às arenas para serem comidas de leões, mas que não recusavam. A perseguição se torna mais intensa a partir do momento em que os imperadores, dentre esses Diocleciano, viam nos cristãos, pessoas subversivas, pois, não compartilhavam mais com a ideia de que os imperadores eram divindades que precisavam ser cultuadas e reverenciadas. Então surgiram editos, que revogavam os direitos dos cristãos, e por força desses editos esses cristãos eram obrigados a se rederem ao culto à personificação do imperador, o contrário eram condenados à morte.  Os dez últimos anos de perseguição comandadas por Diocleciano foram os mais crués, segundo um dos historiadores da época, Euzébio de Cesareia. Mas, o que mais nos chama atenção nesta carta, é o aspecto prático. Observem que, aos que perseverarem não sofrerão o dano da segunda morte. Mas, o que vem a ser isso? O termo "segunda morte" é como uma chave para entendermos um fato que não está explícito nas Escrituras. Sabemos que, os justos que morreram ou que ainda vão morrer, serão ressuscitados na ocasião da volta de Cristo. Isso sabemos... Jesus e o apóstolo Paulo falam disso, mas aos que morreram sem Cristo, ou seja os incrédulos, não temos muito material para entendermos o seu desfecho final, a não ser no cap. 20 do Apocalipse. Nela observamos o seguinte: 

1. João vê um anjo como uma chave do abismo para prender satanás por um período de mil anos. Versos 1-3. 
2. João vê as almas daqueles que foram martirizados por a amor à causa de Cristo, e que não adoraram a besta e nem receberam o sinal dela - verso 4.   Pelo visto, tratá-se da primeira ressurreição que vai acontecer na ocasião da volta gloriosa de Cristo. 

3. Os outros mortos não vão ressuscitar até o momento em que os mil anos não sejam completados. Logo, são os mortos incrédulos ou aqueles que não aceitaram a Jesus em suas vidas; estes não ressuscitarão na ocasião da volta de Cristo, mas no fim dos mil anos. E então o profeta faz uma distinção: "Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira ressurreição". Os "outros mortos" mencionado nesse verso, são os que morrerem sem Cristo; estes não tomarão parte da primeira ressurreição. Logo em seguida João diz que "bem-aventurado" é aquele que participa da primeira ressurreição, pois, não sofrerão o dano da segunda morte. (verso 6). Precisamos saber do que se trata essa segunda morte. Continuando ainda no cap. 20, verificamos que, após os mil anos, satanás será solto, mas logo será definitivamente condenado. E de repente o profeta dá um salto, e vê desta vez: "11 - E vi um grande trono branco, e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu; e não se achou lugar para eles. 12 - E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. 13 - E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras. 14 - E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte". Está claro, absolutamente claro, que no final dos mil anos, os "outros mortos" ou seja, os incrédulos ressuscitarão; é a segunda ressurreição. Estes serão julgados e condenados; podemos dizer que serão ressuscitados para receberem a condenação eterna e logo serão mortos, o que é a condenação final. Por isso que, é feliz quem participa da primeira ressurreição, pois, sobre estes a segunda morte, que é a condenação eterna não tem nenhum poder. A lição prática que inferimos do texto é poder olhar para nós mesmos e nos questionarmos, sobre a condição que estamos diante de Deus. O juízo final é uma das doutrinas das Escrituras; mas não passarão por ele, os que morreram em Cristo. Cabe a nós nos perguntarmos e aí, estamos vivendo para fazermos jus a primeira ressurreição? No texto do cap. 20 veja o que diz... "15 - E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo". Quem estiver com o seu nome no livro da vida não passará pelo juízo final. 

10. A PRIMEIRA IGREJA DO APOCALIPSE

0010/2013 Mensagem na Escola Bíblica Dominical: A Igreja de Éfeso. Apocalipse 1:1-7. pelo Pastor Antonio José.
1 - ESCREVE ao anjo da igreja que está em Éfeso: Isto diz aquele que tem na sua destra as sete estrelas, que anda no meio dos sete castiçais de ouro: 2 - Conheço as tuas obras, e o teu trabalho, e a tua paciência, e que não podes sofrer os maus; e puseste à prova os que dizem ser apóstolos, e o não são, e tu os achaste mentirosos. 3 - E sofreste, e tens paciência; e trabalhaste pelo meu nome, e não te cansaste. 4 - Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor. 5 - Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te 6 - Tens, porém, isto: que odeias as obras dos nicolaítas, as quais eu também odeio. 7 - Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida, que está no meio do paraíso de Deus. 
Mensagem... O livro do Apocalipse não é medonho como muitas pessoas pensam... Também não é um livro difícil, mas agradável a todos aqueles que creem nessas palavras escritas por João. Na introdução do livro, o texto diz que feliz é aquele que lê as profecias e guardam as palavras do livro, pois o dia está próximo - Apocalipse 1:3. Àquilo que pode parecer medonho, para os crentes é refrigério. Antes de irmos ao texto, é interessante ressaltar que há pelo menos três correntes de interpretação do livro. Uma chamada de futurista, pois, julga que todas as profecias do livro serão aplicadas num período ainda longínquo, dizem inclusive que acontecerão logo após a volta de Cristo. Outra escola é chamada de preterista, pois entende que as profecias diziam a respeito ao período em que vivia o profeta João, e encerrou-se ali. Outra escola denominada de historicista, pois, entende que as profecias do livro se aplicam na própria história da igreja, no decurso de seu desenvolvimento. Eu creio que a escola historicista é a que mais se adéqua a uma visão coerente e consistente. Baseado nisso, as profecias das sete cartas, não só se aplicavam àquelas igrejas no tempo e no espaço, localizadas geograficamente numa região; bem como se aplicam à igreja no decurso de sua história. Logo, a carta de João à primeira de Éfeso segundo a visão historicista corresponde ao primeiro século da igreja cristã, que corresponde a data do Pentecostes até o ano 100 da era cristã. O primeiro século da igreja, fora marcado por perseguições, dentro e fora da igreja. As primeiras perseguições externas vieram dos judeus radicais que viam no grupo dos discípulos composto de judeus convertidos ao evangelho uma blasfêmia quando diziam que Cristo era o Messias. Nas primeiras linhas do livro de Atos, vemos os judeus tentando proibir que, os discípulos falassem no nome de Jesus; o contrário sofreriam danos; isso não intimidou os discípulos. Outra perseguição era dentro da igreja. Parece no primeiro momento que, para a igreja foi muito tranquilo as mensagens que eram pregadas. Não foi tão fácil assim. A mensagem do evangelho vai de encontro ao paganismo, as religiosidades politeístas e também contra o judaísmo, isso, pois foi o suficiente para que a igreja sofresse perseguições, tanto física como exemplo, o Estevão que fora apedrejado por defender sua fé, como também perseguições de caráter ideológico. Na carta Jesus é pessoa que envia sua mensagem ao "anjo da igreja" ao líder da igreja. Nela observamos que há elogios e também advertências. Elogios, pois era uma igreja zelosa quanto aos ensinamentos de Jesus, e ainda colocava em prova todos aqueles que se diziam "apóstolos". Isso é muito interessante, pois, todos aqueles que se diziam líderes, ou que almejavam a liderança precisavam ser provados e aprovados. Isso a igreja do primeiro século fez. Mas, passados já alguns anos desde que a igreja começou no pentecostes, vemos, pois, que o amor havia se esfriado. Talvez e isso pode ser provável, a igreja já caminhava para um certo ritualismo, para uma liturgia sem vida; isso pode ter ocorrido. Àquilo que era pra ser vivido com amor, parece que estava já virando um hábito. Jesus reprova isso, e chama o pastor da igreja, ou seja, o "anjo da igreja" que se convertesse. No final da carta há uma promessa àqueles que vencerem. Aqui há um dado muito importante. Isso quer dizer, pois, que a possibilidade de que alguns sejam derrotados é iminente. Diante da luta pela fé, alguns desistirão. Está implícito no texto que, a possibilidade de perder a fé é uma realidade. Ao que vencer comerá do fruto da árvore do paraíso, ou seja, o fruto da eternidade. O fruto da árvore do paraíso significa a vida eterna. Portanto, ao que vencer tem a garantia da vida eterna, aos que desistirem tem o contrário, a morte eterna. Como lição prática é interessante que saibamos que estamos numa luta assim como a igreja do primeiro século esteve. Lutas em todos os sentidos, que exigem a cada dia renovarmos nossas forças, nossos ânimos; a possibilidade de desistência é uma realidade. Finalmente, vamos observar que em todas as cartas há uma expressão, "quem tem ouvido para ouvir, ouça". Isso quer dizer que somos livres para escolher, continuar lutando ou desistir. Deus faz a parte dele, desde que façamos a nossa. E qual é a nossa parte? Guardarmos a nossa fé no meio das mais diferentes adversidades.

domingo, 3 de fevereiro de 2013

9. "POR QUE O JOVEM RICO NEGOU A JESUS"

009/2013-  - 03 de Fevereiro de 2013.
Lucas 18:18-30.
18 - E perguntou-lhe um certo príncipe, dizendo: Bom Mestre, que hei de fazer para herdar a vida eterna? 19 - Jesus lhe disse: Por que me chamas bom? Ninguém há bom, senão um, que é Deus.  20 - Sabes os mandamentos: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não dirás falso testemunho, honra a teu pai e a tua mãe. 21 - E disse ele: Todas essas coisas tenho observado desde a minha mocidade. 22 - E quando Jesus ouviu isto, disse-lhe: Ainda te falta uma coisa; vende tudo quanto tens, reparte-o pelos pobres, e terás um tesouro no céu; vem, e segue-me. 23 - Mas, ouvindo ele isto, ficou muito triste, porque era muito rico. 24 - E, vendo Jesus que ele ficara muito triste, disse: Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas! 25 - Porque é mais fácil entrar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus. 26 - E os que ouviram isto disseram: Logo quem pode salvar-se? 27 - Mas ele respondeu: As coisas que são impossíveis aos homens são possíveis a Deus. 28 - E disse Pedro: Eis que nós deixamos tudo e te seguimos. 29 - E ele lhes disse: Na verdade vos digo que ninguém há, que tenha deixado casa, ou pais, ou irmãos, ou mulher, ou filhos, pelo reino de Deus, 30 - Que não haja de receber muito mais neste mundo, e na idade vindoura a vida eterna. 
Mensagem: O jovem rico tinha um conceito de bom... Ele mesmo talvez, se julgasse bom; pois quando Jesus fala dos mandamentos, ele se diz cumpridor de todos que foram mencionados. O jovem era um príncipe, era uma pessoa importante e ainda, judeu cumpridor  dos mandamentos. Ele pelo visto também já tinha uma visão, ou algum conceito sobre a vida eterna. Ele questiona a Jesus sobre a vida eterna e como possuí-la. Jesus, não responde diretamente sua pergunta, mas o levou a pensar sobre os mandamentos. O jovem se diz cumpridor, mas, Jesus logo em seguida diz que ainda lhe faltava uma coisa... Mas, o que lhe faltava? Deixar a riqueza e distribuir aos pobres... O jovem ficou triste, pois era muito rico... JESUS não está condenando a riqueza, mas o uso que se faz dela, é bem possível que as riquezas do jovem  se constituía um deus na vida dele; sua riqueza não era uma bênção, mas uma potestade maligna, isso porque, quando Jesus lhe questiona sobre os mandamentos, o Senhor Jesus não faz menção nos primeiros quatro mandamentos, e era, pois, estes que dizem respeito a Deus, que a riqueza do jovem estava assumindo. Os quatro primeiros mandamentos dizem...
2 - Eu sou o SENHOR teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. 3 - Não terás outros deuses diante de mim. 4 - Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. 5 - Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o SENHOR teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam. 6 - E faço misericórdia a milhares dos que me amam e aos que guardam os meus mandamentos. 7 - Não tomarás o nome do SENHOR teu Deus em vão; porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão. 8 - Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. 9 - Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra. 10 - Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas.11 - Porque em seis dias fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o SENHOR o dia do sábado, e o santificou.
O jovem rico, era um moço bom; moralmente bom; não adulterava, não roubava, não levantava falso testemunho e ainda honrava os seus pais...O jovem esperava que Jesus lhe dissesse que ele já estava com o visto garantido para a eternidade. Mas, bondade não nos garante a entrada à eternidade. E sabem por que? Porque, por mais que sejamos bons, nunca o seremos. Não é bondade humana que nos garante o céu. O que nos garante a entrada no céu é o lugar que Deus ocupa nas nossas vidas. Deus não divide sua glória com ninguém; quem diz que cultua a Deus, mas acredita em outras entidades como se fosse um deus, e busca socorro dela é o mesmo que dizer que Deus não é suficiente. A isso chamamos de idolatria. O jovem não amava a Deus o suficiente; a riqueza era o seu "senhor". Jesus sabia disso de tal modo que não fez menção aos mandamentos que se referem a nossa relação com Deus. Os seis últimos mandamentos são resultados dos quatro primeiros; o contrário, seremos apenas pessoas moralmente integras, mas espiritualmente mortas... No final da passagem de Lucas os discípulos perguntaram a Jesus sobre o que seria deles se eles abandonaram tudo para segui-lo. Agora observem um detalhe... O mesmo Jesus que, disse que os ricos não entrarão nos céus é o mesmo Jesus que diz que, aqueles que abandonaram tudo terão o triplo do que deixaram e ainda no vindouro a vida eterna. Isso quer dizer que, aquele que não é apegado aos seus bens materiais, mas solícito ao chamado de Deus, tem a garantia de prosperidade e ainda a vida eterna. Isso é maravilhoso! Àquele que, que não faz de sua riqueza o seu deus, terá abundância e a provisão de Deus. Amém.