domingo, 13 de outubro de 2013

30. "JESUS E A MULHER ADÚLTERA"

30a. mensagem no domingo dia  de outubro de 2013. 

Texto de João 8:1-11. 
1 Mas Jesus foi para o Monte das Oliveiras.  2 Pela manhã cedo voltou ao templo, e todo o povo vinha ter com ele; e Jesus, sentando-se o ensinava.  3 Então os escribas e fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério; e pondo-a no meio,  4 disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada em flagrante adultério.  5 Ora, Moisés nos ordena na lei que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes? 6 Isto diziam eles, tentando-o, para terem de que o acusar. Jesus, porém, inclinando-se, começou a escrever no chão com o dedo. 7 Mas, como insistissem em perguntar-lhe, ergueu-se e disse- lhes: Aquele dentre vós que está sem pecado seja o primeiro que lhe atire uma pedra.  8 E, tornando a inclinar-se, escrevia na terra.  9 Quando ouviram isto foram saindo um a um, a começar pelos mais velhos, até os últimos; ficou só Jesus, e a mulher ali em pé.  10 Então, erguendo-se Jesus e não vendo a ninguém senão a mulher, perguntou-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou?  11 Respondeu ela: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu te condeno; vai-te, e não peques mais.

Mensagem: Estamos diante de um dos textos mais comoventes da Palavra de Deus. Um texto que retrata mais uma vez o amor profundo e doador, o amor verdadeiro que Jesus tem pelo pecador. Àqueles homens que chegaram até Jesus, não estavam de todo errados; pois, a lei de fato dizia que aquele que fosse pego em adultério deveria ser penalizado com a pena capital, a pena de morte; pagar com a própria vida o dano que causou. Assim era no Antigo Testamento, assim dizia a lei de Moisés. Mas, e agora? O que esperar de Jesus que desde que começou o seu ministério o começou falando de amor, inclusive, dizendo que deveríamos amar os nossos inimigos... orar por eles. Mas, e agora?... Diante do fato, os donos da religião, os fariseus queriam uma oportunidade para acusarem a Jesus; ora, se Jesus perdoasse aquela mulher, ele seria acusado de conivente com o pecado dela, e transgressor da lei, e ao contrário, se Jesus a condenasse, cairia por terra, toda sua pregação que falava de amor e de perdão. Pelo visto, àqueles homens encontraram uma ocasião para deixar a Jesus numa situação difícil. Mas, observem uma coisa, ou seja a primeira que nos ensina o texto: 1) aqueles homens já tinham uma ideia de Jesus; já ouviram e viram Jesus falar do amor de Deus; por isso queriam testa-lo, ou melhor como Jesus se sairia daquela situação. Jesus já havia sim, falado do amor, de perdão. E ele, o próprio Jesus, constitui-se num marco, num "divisor de águas". Com Jesus podemos dizê-lo sobre um antes e um depois. Nós estávamos condenados, e fadados à pena da morte eterna. Mas aprouve a Deus, nos dá a Jesus; pois sua justiça  é clara -  "aquele que pecar deve morrer" - e só havia um meio pelo qual esse quadro poderia ser mudado. E qual? O próprio Deus na pessoa do seu filho Jesus, morrer no nosso lugar. Ele assumiu nossa culpa, e assumiu ser penalizado no nosso lugar. Por isso, por meio de Jesus fomos reconciliados, e reconduzidos ao amor e comunhão com Deus. 2) Uma segunda coisa,  assim como aqueles homens, nós somos inclinados a apontar o pecado do outro e julga-lo. Temos uma predisposição para apontar, e julgar o outro. Isso aconteceu lá no Paraíso, logo após a Queda. Quando inquiridos, Adão culpou a mulher, e esta a serpente. Temos uma predisposição para arrumarmos um culpado. Somos "juízes" dos outros quando esquecemos as palavras de Jesus quando disse que "antes de tirar a aresta do olho do irmão, que se tire  a trave que há no seu primeiro". Temos essa habilidade maligna de apontar para o outro aquilo que também faz parte de nós. 3) Uma terceira coisa - nós criamos "corporativismo" em relação ao pecado e nós nos tornamos cúmplices. Vejam! Aqueles homens trouxeram a mulher... E o homem adultero? Por que não pegaram o homem adúltero, quando a lei diz que se o homem e mulher foram encontrados em adultério, devem ambos morrer?... Assim como aqueles homens,  nós também temos uma habilidade, uma predisposição de nos tornarmos aliados e cúmplices do pecado do outro, encobrimos; os fariseus esconderam o homem adúltero. Para eles era muito fácil pegar a mulher, humilha-la, mas, e o homem? Fugiu? Não sabemos. Mas, uma coisa é certa, e absolutamente certa, ninguém pode mascarar ou dissimular o pecado do outro. 4) Uma quarta coisa...Todos nós somos pecadores... A atitude de Jesus mostrou uma realidade para aqueles homens, que provavelmente se julgavam justos; santos, irrepreensíveis... Mas Jesus mostrou que desde o menor ao maior, todos eram pecadores. Todos mereceriam ser apedrejados. Todos mereceriam morrer. Ninguém era justo o suficiente diante do ato daquela mulher. Ela pecou sim, mas todos também eram pecadores tanto quanto aquela pobre mulher, e assim todos vão se afastando, desde o maior até o  menor. Todos mereceriam ser apedrejados. 5) A última coisa... Jesus se dirigiu a mulher e lhe perguntou quem lhe havia condenado, ao que respondeu ninguém, Jesus fez bradar ao coração daquela pobre mulher o amor e misericórdia de Deus, nem eu te condeno. E finalmente, ao perdoar, Jesus ordena que não pecasse mais. Portanto,  o perdão também é uma segunda chance que Deus nos dá para recomeçar, para começarmos uma nova história, uma nova vida. O perdão de Deus nos  traz de volta a vida. Oremos.