sábado, 27 de julho de 2013

A Igreja Batista de Sião e a visita do Papa Francisco ao Brasil

Às vezes me pergunto: Por que a mídia televisiva não dá enfase aos eventos evangélicos como no momento tem dado à Jornada da Juventude? O que eles os católicos têm que nós não os temos? Há uns quatro anos atrás, creio, o grupo Diante do Trono reuniu em torno de um milhão de pessoas aqui em são Paulo e a imprensa não fez nenhum comentário. E o que dizer da Marcha pra Jesus? Por que a Globo News não entrevista o Apóstolos Estevão, o que encabeça o evento? Escândalo por escândalo, estamos ali, um não pode falar do outro, ou seja, nisso evangélicos e católicos são parecidos, ora, pois, pois. Do lado de cá, não são poucos as notícias de algum pastor que tem fazenda, que tem jatinho, que faz lavagem de dinheiro; etc. Do lado de lá, temos, o ex-presidente do banco do Vaticano, conhecido como o Sr. Euro, o sacerdote Scarano acusado de desviar da Suíça 20 milhões de euros para o Banco do Vaticano. E o que não dizer dos pedófilos, por exemplo o Cardeal Bernard Law que encobriu 250 padres pedófilos na arquidiocese de Boston? Se eu pudesse protestar sairia às ruas de São Paulo pedindo que a imprensa desse o mesmo tratamento, dado aos católicos para os evangélicos. O problema é que alguns protestos radicalizam, pra chamar atenção, por exemplo, os manifestantes protestam nus, ah, eu não teria coragem. Bom, mas voltando ao assunto, eu acho que a imprensa não nos dá o mesmo tratamento, porque, um dia o fundador da igreja, sim, esse mesmo, Jesus, disse que, nós não somos deste mundo. Se não somos deste mundo, o que podemos esperar dele? Nada! Porque somos mitos; somos "fantasmas" do além, somos imateriais; seres sem expressão. Somos do mundo das ideias de Platão... Somos alienígenas... Não! Não pode ser, se fossemos alienígenas, todos os holofotes estavam sobre nós. Mas, por que não temos o mesmo direito? Vou arriscar numa resposta. Parece simples, mas acredito que resposta vem por aí. O crente não fuma; o crente não bebe, não cheira, e a nossa liturgia diz que somente pode participar da consubstanciação da ceia, os crentes. Talvez seja isso, quem sabe. O crente tem uma ética baseada no temor de Deus, e a mídia tem uma ética, baseada no mercado. Isso faz toda uma diferença. Ao meu aluno Fausto com grande apreço.

Jornada Mundial da Juventude
Entre nós, protestantes e católicos, há muitas semelhanças, mas há também muitas diferenças. O uso de imagem é de menos, já que, ele dizem que não adoram, mas as veneram. Mas uma diferença, um abismo, é o fato da igreja católica dizer no documento do Vaticano II que, os muçulmanos participam da economia da salvação em Cristo, ou seja, herdarão o céu, como todos os cristãos. Mas, a Bíblia diz o contrário, serão chamados filhos de Deus os que receberem a Jesus como Salvador - João 1:12. Que eu saiba os muçulmanos em nome de sua fé, proíbem em alguns países o culto cristão. Quem está certo? A Bíblia ou o Documento Vaticano II Cap. 2 artigo 16.

A visita do Papa Francisco ao Brasil me fez lembrar a primeira visita de um papa ao Brasil. Eu tinha 19 pra 20 anos. Na ocasião eu estava servindo a Marinha do Brasil no Rio de Janeiro. E um grupo de marinheiros foi escolhido para servir de "guarda suíça" ao sumo pontífice. Dentre os marinheiros estava eu. Imaginem eu estaria tete a tete com o papa. Mas, de repente, um sargento responsável pelo meu agrupamento, mudou a escala. Esse sargento, me injuriava constantemente, o que hoje se chama de "assédio moral". Ele "zuava" comigo como dizem os adolescentes. E ele não perdeu a oportunidade de me injuriar, e me tirou da escala. Aquele sujeito não sabia o dano que me causou. Fiquei triste, muito magoado, com raiva dele. Alguns anos depois eu entendi a mensagem de Deus. Aquele sargento chamado de Leopoldo foi pra mim, o que o rei Nabucodonosor e rei Ciro foram para o povo de Deus. Aprouve a Deus, creio usar aquele homem. Eu não perdi nada. Com todo respeito aos católicos, aquele homem abençoou minha vida me tirando da escala de guarda do Papa. Eis a lição... Há momentos na vida da gente que não se entendi... Ficamos tristes às vezes. Mas, um recado, é sempre bom perguntar a si mesmo, "o que Deus quer dizer com isso?" Com certeza Deus não só fala por meio de sua palavra, nem de por meio só de seus profetas, Deus usa os meios, a própria circunstância para nos falar, nos confortar e nos livrar... Depois acordamos e o sentimento é um só, o choro durou uma noite e alegria veio pela manhã.

A visita do Papa Francisco está custando aos cofres públicos, 120 milhões de reais. Eu não consigo entender porque as pessoas criticam isso, afinal o nome já diz "cofres públicos", nele está todo nosso imposto, e ele só pode ser utilizado com eventos, quando esse evento beneficiar o "público" ou seja, o povo. Só que, o "cofre público" não está levando em conta os 35 milhões de protestantes, que também depositam nesse "cofre público"; e estes não vêm no papa, o chefe supremo da igreja. Talvez nós protestantes, não pleiteamos os mesmos direitos, por desconhecermos esse direito. O problema é, quando alguma igreja pleiteia sobre uma parcela do montante, o "cofre público" responde que um evento evangélico não visa um bem público. Mas, isso não é motivo para nos decepcionarmos e protestarmos, mas um alento, pois, uma vez o chefe supremo da nossa igreja, disse que se o reino dele fosse deste mundo, o mundo o amaria. O padrão de vida dele não era deste mundo, por isso o mundo o odiou. Logo, onde há um protestante há um cidadão que vai na contra-mão deste mundo, pois, seu reino não está neste mundo, mas no céu.

Vendo pela televisão o carinho que os católicos tem pela Virgem Maria, me lembrei de um fato que ocorreu aqui, em São Paulo, da imagem de Fátima que apareceu estampada no vidro de uma janela de uma casa na periferia da cidade. A imprensa procurou a igreja, os bispos, para manifestarem sobre o ocorrido, e a igreja não se pronunciou... Depois se constatou que havia um defeito de fabricação no vidro, que lembrava a imagem da virgem de Fátima. Alarme falso! Não era a virgem para decepção de todos que lá foram em romaria, se é que se decepcionaram. Alguns século atrás, pescadores do rio Paraíba encontraram nas redes de pesca a imagem de uma santa, que logo acreditaram ser da Virgem Maria. Foi feito um oratório pra ela; a imagem negra pelo tempo que ficara nas águas, mas para os escravos da época era a santa dos negros escravos. Para os senhores latifundiários donos dos cafezais em Guaratinguetá, era muito comum pra eles nutrirem a ideia da crença, e então, Marx filósofo materialista teria razão, a religião é o ópio do povo. Os senhores pouco se importavam, pois, o interesse deles eram continuar espoliando e oprimindo os pobres negros e descamisados. A pergunta que me veio na mente e que divido com os meus amigos, "será que nos dias de hoje, com tanta tecnologia, mídia, ciência, etc. será a que atitude da igreja ante alguma aparição, no rio, no espalho, na árvore, seria a mesma? Eu penso que não, pois até João Paulo II apenas um dogma era verdade de fé quanto a Virgem, a sua ascensão aos céus e sua concepção virginal, as diferentes aparições eram mitos, religiosidade de massa; mas os últimos papas intensificaram a crença e dedicação à santa. O curioso é que até o quarto século da era cristã não consta nenhum registro que Maria era cultuada nesses quatro primeiros séculos. O que aconteceu depois disso? É algo pra se pensar...