sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

"ÁGUAS QUE DESCEM DO ALTAR"


114. Mensagem inspirada na pregação do Diácono Thiago no dia 28 de dezembro de 2012.
Apocalipse 3:1-7. 

1 - E AO anjo da igreja que está em Sardes escreve: Isto diz o que tem os sete espíritos de Deus, e as sete estrelas: Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives, e estás morto.
2 - Sê vigilante, e confirma os restantes, que estavam para morrer; porque não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus.3 - Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te. E, se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei.4 - Mas também tens em Sardes algumas pessoas que não contaminaram suas vestes, e comigo andarão de branco; porquanto são dignas disso.5 - O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos.6 - Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.
O livro do Apocalipse é uma benção de Deus para os homens, pois, nele está o pensamento de Deus para todos os tempos. Quando nós o lemos, não podemos perder de vista, os três aspectos que ele comporta: 1) O aspecto histórico; 2) O aspecto profético; 3) O aspecto prático. No que diz respeito ao aspecto histórico isso mostra que essa igreja, citada no texto lido, de fato ela existiu no tempo e no espaço; não é uma igreja fictícia, mas real. De fato existiu na Ásia Menor. Mas, essa igreja, ou aliás essa profecia dirigida àquela igreja, num determinado lugar, apontava para um período pela qual a igreja de Jesus iria passar, eis o aspecto profético que muitos teólogos escatologistas concordam; Deus não somente estava se dirigindo à igreja local, mas a igreja no decurso dos anos, especificamente um período. Portanto, baseado no Decreto de Fé da nossa igreja, entendemos, que essa igreja de Sardes representa o período em que se deu a Reforma Protestante. A igreja da Reforma, ou melhor, as igrejas que surgiram da Reforma Protestante, enveredaram pelo caminho da formalidade, da liturgia, dos atos religiosos, desprovidos do verdadeiro sentimento de espontaneidade, de comoção, de uma espiritualidade no que diz respeito a sua verdadeira essência.  Quando a Igreja se aliou ao Estado, tanto quanto a igreja Católica Romana, caiu no perigo de se tornar uma igreja secularizada. Por isso, a igreja tinha apenas uma aparência de igreja viva, mas no fundo, era uma igreja morta. Quando pensamos, nesse verso no qual, a igreja se julgava viva, mas, no fundo era uma igreja morta, nos leva para o terceiro aspecto. A questão prática. No que diz ao conteúdo prático, pensamos em nós... Isso nos incomoda, pelo menos deveria, 'ter apenas aparência de igreja santa, ou de sermos santos aparentemente, mas na verdade, estamos mortos...' Mas no que isso pode ser traduzido?... Quando a igreja é "normal". Na verdade nós somos humanamente falando anormais, pois, seguimos um padrão de vida, uma conduta de vida, diferente do que o mundo prega e acredita. Nossos valores são diferentes, são outros, são valores do céu. Quando, reproduzimos os padrões do mundo, somos uma igreja normal. E então aparentamos uma igreja viva, avivada, quando na realidade somos uma igreja morta. Isso ocorre quando não evangelizamos, quando não amamos, e quando não oramos, quando apostatamos da fé. Quando a fé se torna uma hábito religioso, ela vive apenas de aparência, do que lhe é conveniente, totalmente divorciada da vontade de Deus para nós. Longe de nós esse conceito de ser apenas uma igreja de aparência. Oremos...



"ÁGUAS QUE DESCEM DO ALTAR"

113. "Um lugar para Jesus". Pensamento inspirado na pregação de Jordana Cantarelli, no dia 24 de dezembro de 2012. 
Lucas 2:1-7
1 - E ACONTECEU naqueles dias que saiu um decreto da parte de César Augusto, para que todo o mundo se alistasse, 2 - (Este primeiro alistamento foi feito sendo Quirino presidente da Síria). 3 - E todos iam alistar-se, cada um à sua própria cidade.4 - E subiu também José da Galileia  da cidade de Nazaré, à Judeia  à cidade de Davi, chamada Belém (porque era da casa e família de Davi),5 - A fim de alistar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida.6 - E aconteceu que, estando eles ali, se cumpriram os dias em que ela havia de dar à luz.7 - E deu à luz a seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem.
O Maravilhoso  Conselheiro, o Pai da Eternidade, o Príncipe da Paz, Deus Forte, nasceu! O mundo mudou, moralmente mudou. Uma nova etapa na existência humana; os homens estavam diante daquele capaz de mudar a história de quem acredita. Jesus a esperança de um mundo que andava nas trevas; no mundo do pecado. Os homens estavam diante de sua redenção... O nascimento de Jesus, é o gesto amoroso de Deus; de um Deus que quis se aproximar do homem para ter comunhão com ele. O Natal não é uma festa social apenas, para nós que somos cristãos, o Natal é a festa de Deus para com os homens. Deus quis se aproximar do homem para ter com ele, um relacionamento de amizade, de amigo. Ele nasceu para trazer uma nova esperança. Mas, ao nascer na manjedoura, Deus sente o sabor da rejeição, da incredulidade, da obstinação dos homens... O Natal mostra, o quanto os homens rejeitam a Jesus... Sim, "não havendo lugar na hospedaria" significa, ilustra, elucida, a rejeição que Deus na pessoa de Jesus experimenta. Por isso,  hoje, na véspera de   Natal precisamos pensar no lugar que Jesus ocupa dentro do nosso coração. Se ele está ou não ocupando o lugar que merece ser ocupado. Deus espera que os homens abram os seus corações para ele fazer ali sua morada. Natal para nós que cremos é isso, é realmente uma "parada" para pensarmos como estamos agindo em relação a boa nova que ele, nos trouxe. Nós que estamos aqui, fizemos, assim creio, a escolha de dar o lugar para Jesus. Mas, o texto, aponta, deduzimos, que muitos  não terão lugar para ele nos seus corações... Deus que, veio ao mundo na pessoa de Jesus nos ensina que muitos não vão dar lugar para Jesus, porque não há lugar para ele, pois os seus corações estão preenchidos por tantas coisas, menos preenchido de Deus. Bem como, nos ensina, que muitos darão o lugar para Jesus. Jesus poderia ter nascido num palácio, mas não o fez, para mostrar que a mensagem do evangelho  encontrará pessoas solícitas, e pessoas rudes e duras de coração...
Oremos...  




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segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

"ÁGUAS QUE DESCEM DO ALTAR"


112. “A Benevolência de Deus” - Pastor Antonio José de Souza Pinto proferida em 23 de dezembro de 2012.  Na Igreja Batista de Sião na Moóca São Paulo.
Texto: Lucas 2,14 e Isaias 9,1s.

Na primeira noite do nascimento de Jesus, os anjos foram até onde estavam alguns pastores guardando os seus rebanhos; e de repente, começaram a recitar cânticos dentre esses um que dizia, “glória a Deus nas alturas, paz na terra, e boa vontade para os homens”. Esses pastores não tinham a menor ideia da dimensão do que era àquilo, mas já aguardavam como bons judeus que eram o Messias, de tal modo que eles correram até Belém para adora-lo. Muitas coisas nos chamam a atenção. Uma delas é o que os anjos estavam dizendo, davam glória a Deus ao mesmo tempo diziam aos pastores, que Deus usou de benevolência para com os homens de tal modo, que os homens também fossem benevolentes. Deus não veio até nós por obrigação; Deus não se sentiu coagido ou sofreu alguma pressão psicológica que o obrigou vir até nós. Deus veio aos homens porque assim o quis de boa e espontânea vontade. Quando nós amamos verdadeiramente, não agimos por obrigação à pessoa que amamos, mas agimos sim, com espontânea e boa vontade. Era isso que os anjos queriam nos dizer, Deus veio até nós com boa vontade; usou de boa vontade e é isso que ele espera de nós  que nós o amemos, que nós verdadeiramente o amemos, e façamos com boa vontade. Se, estamos aqui hoje; se caminhamos durante um ano inteiro, juntos adorando a Deus, servindo-o e contribuindo, tudo isso foi movido por um único sentimento, um sentimento de amor e não de obrigação, pois Deus na pessoa de Jesus nos ama com boa vontade... Outro texto que quero dividir com os irmãos, é o texto que se encontra no profeta Isaías, capítulo 9... A realidade em que o povo se encontrava no tempo do profeta Isaías era de total fracasso; de total derrota material e espiritual. O povo de Deus estava na iminência de ir para o cativeiro na Babilônia; pelo visto o povo estava numa situação de total desamparo; sem esperança quem sabe? Sem direção, quem sabe? De total abandono; mas foi no meio dessa realidade sombria, que Deus levantou o profeta para dizer que havia uma saída, sim, pois, o povo que andava nas trevas, sob a escuridão moral e espiritual, poderia contemplar a luz. Sem saber ao certo, o profeta estava apontando para o Messias,  para o Cristo Jesus, a única esperança. Ao profeta são revelados os atributos que agregam o nome de Jesus. Alias, não agregam, mas dizem quem de fato é o Messias. Ele é isso... O seu nome é...
1.     Maravilhoso. Uma pessoa agradável. Uma pessoa, que nos traz alegria; é bom e maravilhoso estar ao lado dele. Diferente dos deuses pagãos que causavam espanto e terror. O Messias é uma pessoa, cuja presença nos deixa, maravilhados.
2.     Conselheiro. O Messias é aquele que vem ao mundo para dar direção àquele que está perdido. É aquele que vem para abrir caminho. Mostrar o caminho.
3.     Pai da Eternidade. O Messias de Deus não está condicionado ao tempo e ao espaço; ele não nos ama dentro de um tempo; ele não nos ama de modo fracionado, como nós fazemos com ele. O amor e o cuidado dele não tem tempo de validade. E sabem por quê? Porque ele é eterno; isso quer dizer que podemos contar com ele em todos os momentos; pois, ele nos ama sempre.
4.     Deus Forte. Diferente dos deuses pagãos. Eu não consigo entender que existam pessoas que acreditam em entidades que se intitulam divinas. Não conhecem a Deus, com certeza. O nosso Deus é um Deus de guerra. É um Deus absolutamente confiável. Ele é o Deus soberano. Ele luta em nosso favor; com o Messias não precisamos de intermediários.
5.     Príncipe da Paz. É o Deus da paz,  que guarda os nossos corações; que nos traz bonança, alegria, refrigério. Ele nos faz repousar tranquilos.

Esse Messias, o amado de todas as nações é Jesus.  Sem Jesus, o homem  estará sem direção, sem comando; sem um objetivo de vida; sem Jesus o homem recorre a qualquer coisa. Apoia-se em qualquer coisa.  Sem Jesus o homem não é nada. O melhor presente que podemos nos dar na véspera de natal é recebê-lo como o único e suficiente salvador de nossas vidas. Oremos. 

domingo, 16 de dezembro de 2012

"ÁGUAS DE DESCEM DO ALTAR"


111. “Um Ano de Bênção” - Pastor Antonio José de Souza Pinto proferida em 16 de dezembro de 2012.  Na Igreja Batista de Sião na Moóca - São Paulo.
Texto: II Crônicas 29. Mateus 21,10-11. Aos vinte e cinco anos, o jovem rei começou o seu reinado; e a Bíblia diz que ele foi reto diante de Deus e o primeiro ato de seu governo foi abrir a porta da casa do Senhor, cujo pai o havia   fechado. Não só a fechou, como também  apagou as lâmpadas; e não se oferecia mais sacrifícios e nem se oferecia incenso. A porta da casa do Senhor fechada não havia mais culto. Se entendermos que, hoje nós somos a casa do Senhor e não um espaço físico que abriga a igreja... Se entendermos que nós somos o templo de Deus como disse Paulo, “somos a morada do Espírito Santo”, concluímos como lição de vida, que a “porta da casa de Deus” não é mais uma porta física, materialmente falando, mas um “estado” ou uma “condição”... Estamos meus amados no fim de mais um ano e entrando num novo ano... Momento de reflexão, de pensarmos sobre, o estado em que se encontra a nossa vida com Deus. Como se encontra?... Se quisermos começar um novo tempo, se queremos escrever uma nova história, precisamos começar pelo elementar. Olhar para dentro de nós mesmos, e pontuarmos sobre o que está fechado... Se a nossa vida espiritual está fechada em relação ao nosso Deus, com certeza outras “portas” também estarão. O rei Ezequias começou seu reinado fazendo o seu primeiro ato como soberano, “abrir a porta da casa de Deus”. Como homem justo que era, ele não poderia fazer outra coisa, dar alguns passos na sua vida  pública sem que antes não começasse pelo principal, abrir a porta da casa do Senhor... No final do ano precisamos fazer uma leitura dentro de nós, uma vez que somos a morada de Deus, como está o acesso de entrada entre nós e Deus... Entre eu e Deus? Se nos dedicamos apenas aos domingos, algumas horinhas, com certeza, estamos com a porta da casa do Senhor entre aberta ou fechada. Irmãos o rei Ezequias fez um apelo ao povo; que este fizesse um concerto com Deus. O povo estava distante da adoração, distante de Deus, pois a porta da casa de Deus estava fechada.  Então Ezequias faz um apelo...
10 - Agora me tem vindo ao coração, que façamos uma aliança com o SENHOR Deus de Israel, para que se desvie de nós o ardor da sua ira. 11 - Agora, filhos meus, não sejais negligentes; pois o SENHOR vos tem escolhido para estardes diante dele para o servirdes, e para serdes seus ministros e queimadores de incenso.
A negligência nos leva a indiferença...
A negligência nos leva a desmotivação...
A negligência nos leva na falta de empenho...
A negligência nos leva ao descaso.
Ao contrário, a diligência nos leva a observação...
A diligência nos leva a motivação...
A diligência nos leva ao empenho...
A diligência nos leva a consideração...
Amados outro texto que quero relacionar nesta noite. Jesus entrou no templo e lá encontrou cambistas, homens fazendo comércio dentro ou próximo ao recinto de adoração, o que levou a Jesus se indignar e expulsando a todos os mercenários, justificou recitando uma profecia de Isaías  “a minha casa é a casa de oração”... Pelo visto, ela não estava cumprindo com sua tarefa. Ela não estava ocupando o lugar que deveria ocupar... Ora! Considerando que, nós somos a casa de Deus, a pergunta é o que está ocupando o lugar de Deus dentro de Deus? Deus nos chamou para sermos “a casa de Deus”. Portanto, é preciso que nós olhemos para dentro de nós mesmos e aí identifiquemos sobre o que está ocupando o lugar de Deus dentro de nós. Satanás quer e isso é o seu intento, roubar o lugar de Deus; quer que nós cambiemos o lugar de Deus. Mas, este é o momento oportuno para que nós deixemos Jesus entrar em nós e ele faça uma obra de limpeza em relação a tudo o que está entravando nossa vida com Deus. Deus não só que abramos a porta da sua casa; mas ele quer ocupar o lugar que lhe é devido dentro de nós. Oremos...













domingo, 9 de dezembro de 2012

"ÁGUAS QUE DESCEM DO ALTAR"

110. “O Ministério é como dor de parto” Pastor Antonio José de Souza Pinto proferida no dia em que completa 25 de sacerdócio pastoral. São Paulo 09 de dezembro de 2012. Texto: “Meus filhinhos, por quem de novo sinto as dores de parto, até que Cristo seja formado em vós...” Gálatas 4.19. 

Meus amados, não vejo outra maneira de traduzir este dia em que completo 25 de ministério pastoral, senão com este texto no qual Paulo expressa o sentimento que experimentava na sua alma em relação aos crentes. E este é o mesmo sentimento de todo o pastor sincero, vocacionado, chamado realmente por Deus, e que não faz de sua laboriosa tarefa, uma profissão, mas um sacerdócio. Mas, que fique claro que a dor de parto não é apenas marcada por um sofrimento, mas concomitante  também por regozijo e alegria em saber que após o nascimento do seu bebê ou no decurso do seu parto, a mãe contemple o filho em seus braços. É maravilhoso gerar. Gerar filhos carnais é maravilhoso sim, mesmo que com dor, o sentimento de regozijo. Mas, no caso do filho espiritual, gerar filhos espirituais também é recheado de regozijo, mas de sofrimento, também. O que espera um pastor?... Que seus filhos cresçam e se tornem como disse Paulo, a “estatura de varão perfeito”, mas até aí esses filhos demoram a chegar... É doloroso para um pastor “perder” uma vida, ou seja, uma ovelha que deixa o rebanho no qual pastoreia. Isso é apenas um exemplo, dentre tantos... Talvez os irmãos não saibam  o quanto isso é sofrido. Bem quisera que uma ovelha permanecesse a vida inteira na igreja; é alegria do pastor ver os filhos crescerem, batizar os filhos dos filhos, casa-los, e poder “contar” com suas ovelhas em todo o tempo de sua existência. As pessoas que abandonam o ministério não sabem o dano que causam na alma do pastor. Não fazem ideia do dano que causam. E o pior é quando um determinado irmão ou irmã corteja o pastor, e o elogia, ao dizê-lo “amado pastor Antonio, saiba que eu te amo, mas... Meu lugar não é mais aqui”... Mas, eu pergunto o que é amar para essas pessoas? O que elas entendem por amor? O que quer dizer “eu te amo?” Será que essas pessoas sabem o que isso significa? Eu creio que não. E sabem por quê? Numa das definições sobre o amor, Paulo disse “que o amor não busca os seus interesses”... “Que o amor tudo suporta e tudo espera... Que o amor não se ensoberbece”. Logo, pelo visto, estamos aquém do amor declinado por Paulo. O mais doloroso para um pastor não nem perder uma ovelha, mas ouvir da boca dela a expressão de um sentimento que a gente sabe que não é verdadeiro. A dor de parto do pastor é, pois lidar com o contraditório; é lidar com esses entraves, transitar entre o falso e o verdadeiro, entre a  hipocrisia  e o coerente. A dor do pastor é lidar com o mistério; pois, lidamos com os corações humanos e não sabemos o que se passa lá dentro, não sabemos se esse coração é fiel. Para resumir o que é um ministério pastoral eu me apoio ainda na passagem de Gênesis cap. 31.38-41, no qual, Jacó presta um relatório ao Labão dos seus trabalhos dos vinte anos nos quais trabalhou para ele. O texto ilustra muito bem  o ministério de um verdadeiro pastor.
  • Vinte anos Jacó trabalhou para Labão. 
  • Nunca deixou que nenhuma ovelha abortasse.
  • Não comeu nenhum carneiro ou cabra.
  • Nunca trouxe nenhuma ovelha despedaçada.
  • E aquela que era despedaçada ele pagava.
  • Labão requereria as ovelhas perdidas.
  • De dia o calor lhe consumia a noite a geada, e havia noite que não dormia para tomar conta das ovelhas.
  • O salário de Jacó foi mudado dez vezes
O verdadeiro pastor lida com a mesma realidade que Jacó em relação ao seu sogro. Mas, isso é mais que atividade comum, é uma causa; é abraçar uma causa; é viver uma causa por amor àquele que o regimentou. Portanto, o ministério pastoral não pode ser reconhecido como profissão, pois, se isso acontecer o trabalho pastoral estará sendo comparado a qualquer atividade do mundo secular, e essa atividade que lida com o divino e o humano, não pode ser comparado a qualquer profissão, pois a mesma é muito mais, pois, enquanto, as profissões humanas preparam para a manutenção da sobrevivência aqui na terra; o ministério pastoral prepara os homens a viverem bem aqui na terra, e ainda trabalharem para esses mesmos homens olharem para o céu; os pastores trabalham para a sobrevivência no céu.
Oremos...







"ÁGUAS QUE DESCEM DO ALTAR"

109. “A igreja não é uma empresa, mas uma comunidade de redimidos” Pastor Antonio José de Souza Pinto proferida na EBD - São Paulo 09 de dezembro de 2012.
Texto bíblico: I Coríntios 6:15 – “Não sabeis vós que os vossos corpos são membros de Cristo? Tomarei, pois, os membros de Cristo, e fá-los-ei membros de uma meretriz? Não, por certo”. O texto que vamos utilizar é este quando Paulo nos adverte quanto ao nosso corpo o qual não deve ser entregue a uma prostituta; pois, nele o Espírito Santo habita. Mas, não é sobre essa questão que quero neste momento discorrer, mas sim sobre a expressão de Paulo, “nossos corpos são membros de Cristo”. Poderia ter dito “membros da igreja”, mas disse membros do corpo de Cristo. Paulo I Coríntios 12:27 vai dizer que a igreja é o corpo, “Ora, vós sois o corpo de Cristo, e seus membros em particular”. Paulo é absolutamente claro nessa colocação, “a igreja é o corpo de Cristo” sem dúvida, sendo assim a igreja, é, pois o Corpo de Cristo na terra. Eis, uma grande verdade, mas também um grande obstáculo, que, aliás, creio foi um dos maiores problemas da igreja, o qual resultou em divisões e contendas dentro da igreja. É, pois, separar a igreja corpo, como uma entidade divina e por outro lado uma entidade humana, uma tarefa difícil. A igreja perdeu ao longo dos tempos sua natureza divina para ser apenas uma associação de homens que professam uma fé. Essa separação; essa dicotomia trouxe prejuízos sim para a igreja e isso fez com que se caísse ao extremo, por um lado espiritualizar a igreja que diferente de espiritualidade, ou materializar a igreja, e a mesma ser vista como uma entidade humana desvinculada da sua transcendência. Espiritualizar a igreja acontece quando os líderes ou membros só conseguem contemplar a Deus a partir de seus sentimentos: “Deus me disse”, “Deus me falou”, “Deus manda dizer que...” “Deus está revelando isso”, etc., materializar é o contrário, “Deus não fala” é o homem que fala, ele diz o que deve ser feito, ele promove quem quer na igreja e destitui os outros; o pastor não é um sacerdote, mas um empresário do ramo igreja. Estabelecer a ponte de equilíbrio, entre o humano e o divino, é uma tarefa que não é tão fácil. É uma área tênue delicada. Como obra do Espírito a igreja deve ser dirigida pelo mesmo Espírito. Mas, como fará isso? Por meio dos homens os quais Deus os comissionou. Portanto, é preciso saber ao certo quem Deus comissionou, pois é dele a tarefa de ser o porta-voz de Deus na igreja; materializar eu diria é o aspecto jurídico da igreja, é o aspecto formal e organizacional, é necessário, uma vez que essa igreja espiritual é constituída de homens físicos, mas, a estrutura organizacional da igreja não pose se sobrepor a sua condição espiritual. Quando isso acontece, a igreja perde sua dimensão de céu e passa tão somente viver na terra como outra entidade humana. Os cristãos deixam de viver a essência do evangelho, para serem apenas depósitos de conceitos bíblicos e logo passa ser uma religião apenas, uma religião que não promove o céu na vida das pessoas, mas apenas costumes e tradições dogmáticas. Não é isso que Deus espera de sua igreja. O que ele espera, é que nós saibamos discernir e equilibrar essas duas realidades vitais da igreja; a igreja corpo de Cristo e igreja organização humana. 








segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

MENSAGENS PARA O CORAÇÃO...

108 - "Um Coração Grato" - Pastor Antonio José de Souza Pinto em 02 de dezembro de 2012. São Paulo. No dia de Ação de Graças. 
 Texto bíblico: "E aconteceu que, indo ele a Jerusalém, passou pelo meio de Samaria e da Galiléia; E, entrando numa certa aldeia, saíram-lhe ao encontro dez homens leprosos, os quais pararam de longe; E levantaram a voz, dizendo: Jesus, Mestre, tem misericórdia de nós. E ele, vendo-os, disse-lhes: Ide, e mostrai-vos aos sacerdotes. E aconteceu que, indo eles, ficaram limpos. E um deles, vendo que estava são, voltou glorificando a Deus em alta voz;E caiu aos seus pés, com o rosto em terra, dando-lhe graças; e este era samaritano. E, respondendo Jesus, disse: Não foram dez os limpos? E onde estão os nove? Não houve quem voltasse para dar glória a Deus senão este estrangeiro?". Mensagem: Meus amados em Cristo, hoje, estamos tendo um dia especial, um dia de ação de graças ao nosso Deus pelos feitos que ele nos tem feito. Como já disse pela manhã, todos os dias são dias de ação de graças. Mas hoje de uma maneira especial, um dia no qual dedicamos todo ao Senhor, e sobre isso, um texto nos chama atenção. O texto apresenta duas coisas importantes, além da cura dos homens, é o fato de Jesus ter ressaltado que o homem que voltou para a gradecer era um estrangeiro, um samaritano. Pelo visto, de quem não se podia esperar nada segundo a concepção dos judeus. E ainda os nove que também foram curados tudo indica que eram judeus. Sobre isso, é importante frisar que os judeus são privilegiados, pois, foram a eles que Deus se revelou e foi a no meio deles que nasceu o nosso Salvador. Mas, o que leva um povo tão abençoado, ser também ingrato? Pelo menos no caso aqui apresentado. Podemos deduzir que, uma coisa é ser religioso, outra coisa é ser espiritual, humano, sensato. O religioso  sofre a síndrome do ostracismo, quando a pessoa se fecha em torno dela mesma. Vamos ao exemplo, estou bem próximo de uma igreja que se diz congregação cristã, eles passam bem aqui em frente, na minha frente, estacionam o carro na frente da minha casa, mas, parece que eu sou invisível... Eles ao menos me dizem "boa noite" oi com licença.  Às vezes me pergunto, o que leva essas pessoas ignorarem os outros? Passam bem vestidos para a sua igreja, todos alinhados, engomados, mas e aí? Eu poderia dizer o seguinte, o religioso,  é aquele que não tem alegria na alma; o religioso é aquele que não tem sentimento de gratidão, o religioso é aquele que olha os demais com olhar de julgamento de juízo; o religioso não tem compaixão; o religioso é frio, calculista, legalista, fundamentalista, racista, fascista. O religioso é presunçoso, orgulhoso, prepotente, arrogante. Mas, tudo isso não define ainda quem o é. Lamentavelmente, o religioso é um homicida, pois,  não mata o corpo, mas a alma das pessoas, com os olhares condenatórios, sentenciosos, é um inquisidor. Quando Jesus se surpreendeu com o "estrangeiro" ele não só estava condenando os nove ingratos judeus, mas a visão distorcida que não é capaz de enxergar além de sua mente engessada. Jesus nesta passagem ainda condena, uma tendencia peculiar da natureza humana, a ingratidão... os judeus tiveram tudo e todas as oportunidades que um povo precisa para ser uma grande potencia no mundo. Do mesmo modo, os homens têm oportunidades, tem pessoas que lhes agregam coisas, mas, a tendência é parar para agradecer... A ingratidão é um sentimento hostil, uma prática hostil que não é capaz de enxergar os benefícios de Deus e o que os outros nos fazem...
Amém.




domingo, 2 de dezembro de 2012

"Culto de Ação de Graças"

107. "Um Coração Grato". Pastor Antonio José de Souza Pinto - São Paulo 02 de dezembro de 2012. Texto bíblico I Crônicas 29:1-30. 
Meus amados hoje celebramos o nosso dia de ação de graças. Isso não quer dizer que outros dias não os são. Sim todos os dias, são dias de ações de graças, mas de um modo especial, fazemos deste dia, faltando um mês para terminar o ano, um dia de ação de graças pelos feitos que o Senhor nos fez no decurso do ano de 2012. E um texto que retrata bem a nossa celebração é o texto de I Crônicas 29 no qual o rei Davi, manifesta sua gratidão a Deus por meio de sua voluntária contribuição. Baseado no texto podemos dizer que gratidão segundo a Bíblia é mais que um gesto de agradecimento, é uma atitude, uma prática de contribuição  por meio dos bens materiais. Podemo falar de algumas lições que mostram um coração grato.
1a. Lição: "Eu, pois, com todas as minhas forças já tenho preparado para a casa de meu Deus ouro para as obras de ouro, e prata para as de prata, e cobre para as de cobre, ferro para as de ferro e madeira para as de madeira, pedras de ônix, e as de engaste, e pedras..." (v.2). Uma pessoa que tem o coração grato a Deus, não age de modo leviano, superficial, sem ânimo; ao contrário se empenha com toda sua força, e  traduz isso por meio de um gesto, de uma oferta. É um gesto profundo que represente uma dedicação total, um empenho total. Não é um simples gesto; vazio; mas um investimento total no qual ele, o ofertante faça com um sentimento de dentro de sua alma.
2a. Lição. "E ainda, porque tenho afeto à casa de meu Deus, o ouro e prata particular que tenho eu dou para a casa do meu Deus, afora tudo quanto tenho preparado para a casa do santuário:Três mil talentos de ouro de Ofir; e sete mil talentos de prata purificada, para cobrir as paredes das casas".(v.3-4). Se o rei  Davi colocou toda sua força, ele não poderia fazê-lo apenas com um "muito obrigado", mas, ele entendeu que sua gratidão teria mais sentido, se esse seu sentimento fosse traduzido num "objeto material". E aí vemos o que ele fez; depositou ouro, prata e pedras preciosas. Hoje, não temos tudo isso, quem sabe? Mas, temos o nosso dinheiro, o produto do nosso labor, da nossa fadiga, daquilo que possuímos. Essa é a oferta que agrada o coração de Deus. Quando depositamos afeto, como o rei Davi, o fez, não medimos  esforços; não ha preço que pague quando nós amamos uma causa. Com certeza!
3a. Lição. "Quem, pois, está disposto a encher a sua mão, para oferecer hoje voluntariamente ao SENHOR?
 Então os chefes dos pais, e os príncipes das tribos de Israel, e os capitães de mil e de cem, até os chefes da obra do rei, voluntariamente contribuíram" (v.5 e 6). A nossa gratidão a Deus deve ser de caráter pessoal e espontânea. Uma oferta de gratidão é uma oferta provocada pelo sentimento de disposição voluntária, sem nenhuma coerção, ou pressão psicológica; não é uma barganha; não é uma troca. Quando feito assim,  ficamos preocupados e especulando querendo saber o que a igreja vai  fazer com a com a "minha" oferta; e se assim for, deixou de ser uma oferta voluntária. A igreja não é uma sociedade, seus membros não são sócios de Deus ou da igreja. O sócio quer saber do direcionamento do dinheiro. No caso apresentado por Davi isso é bem de diferente. A oferta deve ser voluntária. Mas, uma oferta voluntária é  produto de uma "consciência". Se não há um caráter de obrigatoriedade, logo o rei Davi apela para a consciência. Quanto a questão de consciência ninguém precisa ser lembrado. Ninguém precisa ser lembrado que tem uma família, por exemplo, e  que precisa ser sustentada; quando uma pessoa casa ela está investida de uma consciência de que agora, ela tem uma família e com esta, assumiu o compromisso formal e informalmente de supri-la. Da mesma sorte em relação a igreja. Davi tinha plena consciência de sua contribuição, porque ele foi cuidado por Deus. Deus usou por diversas vezes de misericórdia para com ele, por isso, o seu sentimento de gratidão a um Deus bom e misericordioso era algo inerente a sua natureza restaurada. 
4a .Lição. "E o povo se alegrou porque contribuíram voluntariamente; porque, com coração perfeito, voluntariamente deram ao SENHOR; e também o rei Davi se alegrou com grande alegria" (v. 9). A nossa gratidão uma vez traduzida em "bens materiais" não pode ser dada com tristeza, uma vez que é voluntária deve ser dada com alegria. Devemos, pois ofertar com alegria e não com constrangimento. É um prazer ofertar; sempre será um prazer quando se tem na alma a dimensão do perdão de Deus. Logo após a oferta, o rei Davi faz sua oração de gratidão e nela ele ressalta algumas verdades: 
1. Tudo pertence a Deus! " Por isso Davi louvou ao SENHOR na presença de toda a congregação; e disse Davi: Bendito és tu, SENHOR Deus de Israel, nosso pai, de eternidade em eternidade.Tua é, SENHOR, a magnificência, e o poder, e a honra, e a vitória, e a majestade; porque teu é tudo quanto há nos céus e na terra; teu é, SENHOR, o reino, e tu te exaltaste por cabeça sobre todos.E riquezas e glória vêm de diante de ti, e tu dominas sobre tudo, e na tua mão há força e poder; e na tua mão está o engrandecer e o dar força a tudo" (v.10-12).O mundo não seria o que é, se não fosse Deus. Tudo o que há no mundo, Deus é o seu Criador! Por isso ninguém pode se gloriar de possuir algum bem, mas poder se alegrar de que, se a pessoa tem alguma coisa é porque Deus a deu.  
2. Se tudo é de Deus, logo não podemos nos gabar disso ou daquilo. Quem sou eu? Disse  Davi. Ninguém pode querer levantar o nariz e se achar o bom e que sua oferta é mais significativa que as dos outros. "Porque quem sou eu, e quem é o meu povo, para que pudéssemos oferecer voluntariamente coisas semelhantes? Porque tudo vem de ti, e do que é teu to damos." (v.14).Isso é muito importante, posto que, aquilo que ofertamos nós estamos fazendo por meio da nossa oferta devolvendo pra Deus aquilo que lhe pertence. 
Meus amados, hoje nesta manhã de "ação de graças" o que vamos fazer é justamente isso, devolver ao SENHOR áquilo que pertence a Ele. Não podemos deixar o nosso coração se inflamar e achar que estamos fazendo um grande feito. Sim não deixa de ser um grande feito, é claro, mas não vamos nos gabar nisso, mas se alegrar, pois, que o que depositamos no altar é de Deus; todo o nosso trabalho; não importa o ramo de sua atividade profissional, saiba que se você está nesse emprego, ou se você é um empresário, saiba que isso é de Deus; e o que vocês estão fazendo é só devolvendo o que pertence a Ele. Que Deus nos abençoe com esta PALAVRA. OREMOS...

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"Quando Um Crente Ora"

106. Pastor ANTONIO JOSÉ - São Paulo, 30 de novembro de 2012. 
TEXTO: SALMO 18. Quando um crente ora, Deus se comove, ao ponto de vir da sua morada, montado num querubim. Ele sente a mesma dor e assume a causa do servo que o suplica. A palavra de Deus ressalta a oração de um homem na sua aflição. Davi expressou por meio de uma  linguagem figurada a dor e angustia que ele estava passado; laços de morte os cercavam, os inimigos estavam ao seu redor. Cadeias infernais atormentavam sua alma. Sua oração pode ser dividida em três partes:
1.Ele diz quem era Deus na sua vida. Deus era o seu escudo; era o seu libertador, era o seu lugar forte, sua fortaleza. O seu alto refúgio. Tudo indica que, Davi fazia de Deus, àquilo que de fato era. Mostra o quanto era um homem que tinha intimidade com Deus. Ele não pediu nada, pelo menos no início da sua oração, mas, deixou claro que Deus é tudo. Deus é tudo na sua vida... Só declara quem Deus é, quem realmente experimenta a Deus; os que têm intimidade com Deus, não fazem de Deus "um gênio da garrafa"; nem tão pouco têm uma ideia vaga dele, mas ao contrário, tem uma relação pessoal com Deus. Ao menos é isso que Davi demonstra na sua oração, no início de  sua oração. 
2. A segunda coisa é quanto o seu pedido; o texto diz que ele grita; gritar significa o desespero de um homem que deposita em Deus sua confiança; sua âncora de apoio. O texto continua e diz que, o seu grito subiu até o trono de Deus de tal modo que Deus se comoveu; Deus saiu de seu trono e veio na direção de seu servo; Deus se comove com um coração aflito, sobretudo quando esse coração aflito faz de Deus o seu único socorro. Deus transportou o servo servo para um lugar espaçoso; um lugar de liberdade, onde ele poderia caminhar com liberdade. "Lugar espaçoso" é um lugar de refrigério e descanso em Deus (v.19).
3. A terceira coisa, Davi reconhece quem é, um verdeiro crente. a) O verdadeiro crente é um homem sincero (v.23). b) O verdadeiro crente tem um coração puro (v.24). E foi baseado nisso que Deus se comoveu. Coração sincero e mãos puras comovem o coração de Deus. Em seguida, Davi declara que para com os puros o Senhor é puro, com o benigno o Senhor é benigno; com o sincero o Senhor é sincero; mas para com os insolentes, ele se mostra implacável.
4. Uma quarta coisa, Deus não esconde a condição do crente na terra; ele sabe, que o crente na terra vive uma guerra; uma  batalha contra as trevas, contra o adversário e pra isso, Deus prepara o crente, as mãos do crente para a batalha (34). De tal modo que o braço do guerreiro foi capaz de quebrar um arco de ferro.
Que Deus nos abençoe com esta palavra.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

"A Festa do Casamento"

Mensagem 105  em São Paulo, 25 de novembro de 2012.
Mateus 22:1-46. Pregador: Antonio José.

Então Jesus, tomando a palavra, tornou a falar-lhes em parábolas, dizendo:
O reino dos céus é semelhante a um certo rei que celebrou as bodas de seu filho;
E enviou os seus servos a chamar os convidados para as bodas, e estes não quiseram vir.
Depois, enviou outros servos, dizendo: Dizei aos convidados: Eis que tenho o meu jantar preparado, os meus bois e cevados já mortos, e tudo já pronto; vinde às bodas.
Eles, porém, não fazendo caso, foram, um para o seu campo, outro para o seu tráfico;
E os outros, apoderando-se dos servos, os ultrajaram e mataram.
E o rei, tendo notícia disto, encolerizou-se e, enviando os seus exércitos, destruiu aqueles homicidas, e incendiou a sua cidade.Então diz aos servos: As bodas, na verdade, estão preparadas, mas os convidados não eram dignos.Ide, pois, às saídas dos caminhos, e convidai para as bodas a todos os que encontrardes.E os servos, saindo pelos caminhos, ajuntaram todos quantos encontraram, tanto maus como bons; e a festa nupcial foi cheia de convidados. E o rei, entrando para ver os convidados, viu ali um homem que não estava trajado com veste de núpcias e disse-lhe: Amigo, como entraste aqui, não tendo veste nupcial? E ele emudeceu.Disse, então, o rei aos servos: Amarrai-o de pés e mãos, levai-o, e lançai-o nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes.Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos.E enviaram-lhe os seus discípulos, com os herodianos, dizendo: Mestre, bem sabemos que és verdadeiro, e ensinas o caminho de Deus segundo a verdade, e de ninguém se te dá, porque não olhas a aparência dos homens.

Mensagem...
"Eu diria que o dia do casamento, o encontro de Jesus com sua igreja nos fins dos tempos, é um grande dia de júbilos para alguns e decepção para outros. Os judeus foram os convidados preferências. Foi com esse povo que Deus estabeleceu uma relação de amizade, o chamou para fosse a luz dentre os povos, mas quando chegou a Jesus, os judeus o rejeitaram e o mataram como também destruíram todos os profetas que que vieram antes de Cristo, dentre esse o último foi João Batista. Diante da recusa dos judeus, Deus estendeu o convite a todos os homens, dentre esses homens, nós. O que acontece é que no grande dia do casamento (uma alusão ao encontro de Jesus com a igreja), o dono da festa, viu que um homem não estava vestido de maneira digna. Vestido de acordo com a festa. Ao que casou uma indignação da parte do senhor da festa, e isso fez com que o senhor da festa mandasse que o sujeito fosse expulso e lançado no lugar de sofrimento. Assim no mesmo molde vai ser o grande dia do Senhor quando todos nós nos comparecemos perante o tribunal de Cristo. Estar vestido dignamente é o mesmo que estar vestido de uma caráter santo e libado, um caráter irrepreensível. Um caráter reto, justo. sem santidade ninguém verá o Senhor. Logo, mesmo que sejamos salvos pela graça mediante o sangue de Cristo, essa graça em nós dever provocar uma sentimento que nos leve a um comportamento de santidade. Não existe graça verdadeira se o homem não corresponder com ela. É inerente a natureza do crente o anseio por uma vida pautada no caráter de Deus. A graça de Deus nos constrange de tal maneira que nos leva a uma mudança de vida, de uma vida profana e pagã para uma vida santa, reta e justa.













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"O Deus das Alianças"


Mensagem 104 do casamento do Bruno e Graziele em São Paulo, 24 de novembro de 2012.
I Tessalonicenses 4,3-8. Pregador: Antonio José.

Texto: "Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação; que vos abstenhais da prostituição;Que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santificação e honra; não na paixão da concupiscência, como os gentios, que não conhecem a Deus.Ninguém oprima ou engane a seu irmão em negócio algum, porque o Senhor é vingador de todas estas coisas, como também antes vo-lo dissemos e testificamos.Porque não nos chamou Deus para a imundícia, mas para a santificação.Portanto, quem despreza isto não despreza ao homem, mas sim a Deus, que nos deu também o seu Espírito Santo".
Mensagem:
 "Graziele e Bruno, saiba de uma coisa, Deus o Deus que nós cremos, é um Deus das alianças... Desde o passado, ele vem fazendo alianças com os homens... Fez com Adão, depois com Noé, depois com Abraão... Fez aliança com o seu povo Israel por meio de Moisés, dano-lhes os dez mandamentos. Deus é um Deus de alianças. Por isso, Grazi e Bruno, o que mais se aproxima de Deus aqui na terra... o que se parece com Deus na terra, são alianças e os relacionamentos entre os homens, sobretudo, a aliança entre um homem e mulher que tomam a decisão de viverem juntos pelo laço sagrado do matrimônio. A relação marido e mulher é tão profundo, arraigado de um mistério, de uma mística, que a Bíblia compara-a com o relacionamento entre Cristo e sua Igreja como um casamento. Tão profundo que é essa união. Quando falamos de aliança estamos falando de compromisso entre duas partes. Uma fidelidade, uma cumplicidade entre as partes. A maior aliança que Deus fez com os homens foi dando-lhes a Jesus, o que morreu na cruz por nós. Mesmo que o homem não correspondesse a mesma fidelidade para com Deus, Deus, mesmo assim não deixou de amar os homens. A palavra dele é uma só; ele não filho de homem para que minta. As palavras de Deus não sofre variações, ele não volta atrás, mas mantém sua palavra... Agora o que ele espera de nós. O que ele espera de vocês... Ele espera que assim como ele é fiel na sua aliança, do mesmo modo espera que vocês sejam fiéis um ao outro. Quando a Bíblia diz que, a vontade de Deus é nossa santificação e que os homens mantenham o seu casamento santo, é porque ele, quer que nós sejamos fieis a essa aliança. Portanto, Bruno e Grazi, santidade num casamento, não é uma mística, mas uma atitude de vida. Mas, qual atitude de vida? Uma atitude de fidelidade, de compromisso; portanto, amor sem entrega, é apenas uma poesia, amor sem cumplicidade é uma demagogia, amor sem doação é pura hipocresia. Meus amados se vocês querem ser parecidos com Deus sejam fieis ao compromisso que vocês firmarão aqui um ao outro. Que Deus nos abençoe. 





















domingo, 18 de novembro de 2012

25 Anos de Bênçãos...

Nos meus vinte e cinco anos de casamento, tenho experimentado àquilo que a Bíblia diz nos Salmos 127 e 128. A mulher como uma videira e os filhos como oliveiras. A família é sem dúvida um pomar de delícia quando o casamento está no centro da vontade de Deus.







Deus é maravilhoso. Não tenho palavras para descrever minha alegria pela família que ele me deu. Que o Senhor continue nos abençoando nesta empreitada. Eu sei que temos a promessa dele. Ele nos guarda e nos guia. Obrigado Senhor pelo milagre da nossa família.







Estamos à frente da obra do Senhor. Vinte e quatro anos. Não dá pre mensurar a bondade de Deus nestes anos todos e nem tão pouco de postar aqui todos os nossos amados. Mas, eis aqui uma das famílias que são nossos amigos nesses anos todos...

Obrigado, Senhor pelo seu carinho e amor para conosco. Temos muito ainda que caminhar... Sabemos que o dia do Senhor se aproxima, mas, peço que o Senhor continue colocando pessoas, são muitas pessoas que estejam conosco dividindo a obra de Deus por meio da oração e da liberalidade que cada um dispões.





Deus seja louvado pela nossa família...




terça-feira, 13 de novembro de 2012

Por que as Famílias Fracassam?

A resposta dada a questão que pretende este seminário se encontra pelo menos em dois salmos da Palavra de Deus, são estes o Salmo 127 e 128. Aí nós observamos alguns ensinamentos que se colocados em prática a família sempre vitoriosa.... 1) As famílias fracassam porque Deus não é Senhor das famílias. Vejam o que diz o Salmo: "Se o Senhor não edificar a casa em vão trabalham os que a edificam". Todo o trabalho e esforço serão inúteis. Logo, podemos concluir, que o fracasso das famílias, está no fato destas, terem se disvorciadas de Deus. A Bíblia diz que Deus é amor e acrescenta, o amor lança fora o medo. Ora, se Deus não é mais Deus da família estará a mercê do sentimento de insegurança, da infidelidade, da mentira, do medo que vão com certeza corromper a estrutura familiar levando-a para sua destruição moral, para fracasso total. O amor deixou de ser a motivação do bem estar familiar. 2) As famílias fracassam, porque o homem confia em si mesmo. Tudo o que faz se "orgulha" achando que é mérito seu, quando na verdade é mérito de Deus, pois, é ele quem trabalha o pão da noite em favor daqueles que esperam nele; Ele é o que sustenta, mesmo de noite quando o homem dorme, Deus está trabalhando - ele o "padeiro" da madrugada. Mas, quando o homem muda o foco e se torna "senhor" a consequência é o ativismo, e este por sua vez apaga o afeto, do encontro, do jantar junto, etc. O ativismo leva à vareza, e então o dinheiro, os bens já não são mais cifras para a construção do bem estar da unidade familiar, mas da sua divisão. 3) As famílias fracassam, porque o casamento tem tempo de validade. Se o Senhor não for o Senhor da família, tudo o que será feito em prol dela é apenas um contrato social, um mero formalismo desprovido da verdadeira essência que une os seus membros, por exemplo, a cumplicidade e o diálogo. Deus nos deu o ministério da reconciliação em Cristo, uma vez que a família não tem o Senhor como Senhor da família, a discórdia, a inveja, a porfia passam a contaminar a relação de tal modo que o contrato social perdeu a validade. 4) Quando o Senhor é Senhor. Os filhos são herança do Senhor, são como flechas nas mãos do guerreiro. Vamos começar pela herança. Uma herança não se despreza ao contrário se cuida e zela. Herança é um direito. O direito implica em deveres também; enquanto nossos filhos são um direirto de Deus para nós pais, nós temos um dever para com eles, não provocar a ira, mas sempre promovê-los naquilo que eticamente é corrento diante de Deus. Apoiar, estar junto, zelar, guardar é um dever moral de cada pai e cada mãe. Como flechas na mão do guerreiro atingirão o alvo certo de seus sonhos. Os alvos errados drogas, promiscuidade sexual, e toda a espécie de vícios não serão alcançados por eles, mas fugirão deles. O alvo que nossos filhos atingirão quando Deus é o edificador da família são os alvos nas áreas ministerial, sentimental e profissional... Agora quanto ao salmo 128, observem, o homem que teme a Deus sua esposa será como uma videira plantada junto sua casa. Uma videira precisa de água e cuidado, por isso o homem que TEME a Deus age no sentido de dar os verdadeiros nutrientes à esposa para que cresça vistosa como uma videira. E os filhos? O texto diz que os filhos são como oliveiras. Portanto, uma família cujo Deus é o Senhor é um verdadeiro pomar frutífero, agora quando não há temor de Deus a família não será mais "fábrica" de vinculos e de afetos, mas "fábrica de neuroses" e então surge a família disfuncional cujo desmoronamento é fatal, e aí deixa de ser um pomar, para ser um cerrado de ervas daninhas.

Jesus e o Amor...


Com todos os títulos que o homem possa ter, os quais lhes dão um status... No meu caso, quem eu sou?  Pastor Sênior, psicólogo, mestre em Teologia, doutorando em psicologia... Quem eu sou? Diante do imensurável amor de Deus, nada. O amor como definido por Paulo, devo reconhecer que estou aquém. Sem este sentimento todos os títulos e atributos soam como um sino, ecoam, mas silenciam. Pra não ser tão pessimista quanto a esse sentimento, eu diria que meu nome é apenas uma voz. Mas, pensem bem... Nós amamos? Eu diria "não". Se eu for paciente... Se eu for bondoso... Se eu for humilde capaz de reconhecer a grandeza do outro... Se eu não for soberbo diante do outro... Se eu for ético o suficiente para não constranger... Se eu não lutar visando apenas os meus interesses... Se eu não me irritar quando as coisas não vão como o meu "eu" gostaria... Se eu não guardar nenhum ressentimento para com aqueles que me disseram "cresça"... Se eu não me indignar diante das afrontas, não que as sofro, mas que o outro sofre... Se eu não lutar pela verdade, não minha, mas a do outro. Se eu não for capaz de sofrer, de esperar e suportar... Concluo que eu não amo... Mas, se sou capaz... O amor é a capacidade de se dar. Ai sim posso dizer que AMO. O que sinto então? Pois eu não sou tão ruim assim... O que sinto é um sentimento que parece, se aproximar com esse sentimento tão belo... Isso já é um grande passo. O caminho pelo qual a família deve trilhar... O mundo é sombrio! A família estará fadada a sucumbir se não pelo menos tentar trilhar esse caminho árduo e fascinante. O que fazer? Ore a oração de Esdras: "Então proclamei um jejum ali junto ao rio Aava, para nos humilharmos diante de nosso Deus, a fim de lhe pedirmos uma viagem segura para nós, nossos filhos e todos os nossos bens..." - Esdras 8. 21.
Jesus e o amor...
Curou a sogra de Pedro
Chorou quando soube que o amigo Lázaro havia morrido.
Carregou as crianças no colo.
Olhou nos olhos do Pedro que o negaou e o seu silêncio dizia: "eu te endendo amigo Pedro".
Deixou que a mulher regasse seus pés com com sua lágrimas.
Não condenou a mulher adúltera.
Ficou em silêncio diante de Pilatos, quando lhe poderia ter dado uma aula sobre o plano de salvação.
Devolveu a orelha do Malco.
Perdoou na cruz seus algozes.
Na noite que foi traído deu graças.
Chamou os homens para o descaço.
Nasceu numa manjedoura.
Foi saudado como rei em cima de um jumentinho.
Não se importou pelo lugar sofisticado para celebrar a última ceia.
Encarregou que João tomasse conta da sua mamãe.
Lavou os pés dos discípulos e sintetizou sua mensagem: "Se o grão de trigo não morrer ele ficará só".
Quando os filhos e pais se amarem assim... A família sempre será vitoriosa e nunca um fracasso.

O amor de Deus... As pessoas não conseguem associar as mazelas do mundo, ante a infinitude do amor de Deus. Se Deus é amor, por que tanto sofrimento no mundo? Questionam os homens. Mas Deus é realmente amor. Não estava no plano dele o sofrimento humano. Ele criou o mundo bonito e perfeito, tudo estava em absoluta harmonia, mas, por conta do livre arbítrio do homem, ele optou pelo mal. Deus amou o homem e o fez com capacidade de escolha. Deus poderia ter feito o homem, apenas para obedecer o seu comando. Mas, já não seria amor, pois, o amor exige uma troca, exige espontaneidade, exige escolha. Nós escolhemos amar ou quem sabe, odiar.  O homem preferiu odiar, e então o mundo passou a se submeter a uma lei, a lei da vida e da morte. E as conseqüências conseqüências de tudo isso foram desastrosas, e o que vemos hoje no mundo que maculam a imagem de Deus no homem, é a imagem do pecado. Mas, Deus veio ao encontro do homem, e ele se entregou, e a ele se deu numa cruz. E por meio dessa atitude de jesus podemos ter livre acesso a Deus e a partir do momento em que temos a Jesus podemos fazer escolhas que agradem ao coração de Deus.










Bons e Maus Conselhos...


Bons e Maus Conselhos
Salmo 1. (Mensagem deste domingo dia 20 de Novembro de 2011)
"Feliz é homem que não anda segundo os conselhos dos ímpios e não se assenta na mesa dos escarnecedores, mas põe a sua alegria na lei do Senhor e nela medita dia e noite. Meus amados a pergunta que eu faço é o que é um conselho? O que é um conselho? É um parecer, uma ideia, é uma direção. Quando procuramos um conselho estamos querendo buscar uma direção. Os conselhos agem de duas maneiras nas nossas vidas diretamente, quando vamos atrás e indiretamente, quando esses conselhos atuam nas nossas vidas, sem ao menos nos darmos conta. Repetimos padrões e comportamentos baseados em em cima desse conselhos. Alguns conselhos na Bíblia deram muito prejuízo a quem os ouviu: 1) O conselho de Jonadabe. Orientou o amigo Amnon a extravasar sua paixão incestuosa para dormir com a própria irmã. (II Samuel 13.1-22). Assim o fez e após isso, veio o nojo e a vergonha, e este ato culminou na sua morte, pois Absalão, seu irmão o matou mais tarde. Tudo isso por causa de um conselho mau. 2) Outro conselho, foi quando, Roboão filho de Salomão foi pedir conselhos aos anciãos a respeito de como seria a sua política ao assumir o lugar do pai. Os anciãos o orientaram que agisse com cautela, e que não fosse cruel, mas, este conselho não o agradou e procurou os jovens que cresceram com ele e de repente, Roboão preferiu o conselhos dos amigos que lhe disseram que o jovem rei deveria açoitar o povo com escorpiões. Esse conselho resultou num trágico acontecimento, do qual os judeus sofrem a consequência até os dias de hoje. O reino de Israel se dividiu e o povo despencou moralmente, e espiritualmente apostatou. (I Reis 12. 9-15). 
O que um conselho mau não é capaz de fazer!!. Um conselho pode ser um simples parecer, como uma ideia, ou um filosofia de vida, mas que destroem, pois são conselhos de ímpios. O que dizer do conselho secreto de Simeão e Levi, que juntos maquinaram matar os Siquemitas. Quando Jacó abençoou os filhos, declarou a estes que ele não entraria no seu "secreto conselho" pois , suas espadas eram espadas de violência. (Gênesis 49. 5). Estes homens foram infelizes porque deram ouvidos aos amigos, ao seu coração. Feliz o homem que põe sua alegria na lei do Senhor. A lei do Senhor refrigera alma, dá a direção certa. (salmo 19.7). O conselho do homem traz prejuízo pra alma, para o corpo, pra família e até para uma nação inteira. Ouça o Senhor e não os "jonadabes"que possam aparecer na sua vida.

Quando Deus pensou na Família...

Pensou  em comunhão, pensou em comunidade. Foi ele mesmo quem afirmou que não era o bom que o homem ficasse só, e por isso, fez-lhe uma companheira para que lhe fosse idônea, uma companheira e ajudadora - Gênesis 2.18. Neste versículo há pelo menos sete princípios elementares que vão dar o verdadeiro sentido de família.
Primeiro: Família é um lugar de ajuda. Um lugar de cooperação mútua, um lugar de ponte. Não é um lugar de egoísmo, nem de indiferença, mas de cooperação mútua, capaz de superar os obstáculos os quais passaram a existir após a Queda humana. Na visão de Deus, a família é um lugar do encontro de troca, do "eu" e do "outro". O marido e mulher devem ser os modelos dessa cooperação. Os filhos devem se espelhar nesse modelo. É a partir dessa relação de ajuda que, os filhos formarão suas famílias depois.
Segundo: Família é um lugar de se criar vínculos. Nada do que foi dito no item primeiro terá sentido se a família não for a matriz, o núcleo da criação de vínculos. É uma fábrica de vínculos. Mais uma vez a indiferença, a neutralidade emperra a criação do vínculo. Vínculos são laços que aproximam as pessoas, que interagem umas com as outras. Na medida em que estes vínculos são consolidados maior será a possibilidade dos filhos no futuro criarem relações duradouras.
Terceiro: Família é o lugar de responsabilidade. Para que haja cooperação mútua e interação é preciso que haja responsabilidade de todos de um para com o outro. Mas, o que é responsabilidade? É o sentimento de ajuda, de zelo, de compromisso na manutenção da estrutura familiar. Isso deve começar pelos pais, ambos tem a missão para fazer prevalecer o seu bem estar e equilíbrio. Esse sentimento provoca atitudes de acompanhar os filhos no seu crescimento emocional, moral, espiritual e material. 
Quarto: Família é o lugar de disciplina. Uma comunidade não sobrevive sem limite e nem sem autoridade. É preciso que nesse processo de ajuda, de cooperação haja disciplina. Logo, não é uma ajuda "vaga", negligente, ela visa um fim, o reconhecimento do limite e do espaço do outro. Toda comunidade precisa de uma estrutura e a estrutura implica em ordem e limite. Os filhos vão aprender o que é limite a partir de uma disciplina firme e segura. 
Quinto: Família é o lugar da verdade. Ajuda, cooperação, responsabilidade afeto não se sustentam no meio da mentira. A mentira "quebra" com a unidade e provoca famílias disfuncionais. Desde cedo os pais devem falar a verdade com respeito. Primeiro devem viver a verdade entre si. Ser verdadeiros com os seus sentimentos, com as alegrias, com as dores. Se alguém esconder alguma coisa do outro gera medo, insegurança. Pra isso é preciso que o diálogo seja constante e sempre nutrido. A mentira provoca discurso contaminado, o contrário, o diálogo provoca sinceridade.
Sexto: Família é o lugar de compreensão. Estar sempre aberto para compreender, ouvir o sentimento do outro. Isso é muito importante, pois a tendência do homem após a Queda foi transferir a culpa para o outro dos erros e danos; isso é não estar aberto para compreender, mas julgar antes de ouvir os fatos como devem ser ouvidos. Julgar algo, ou induzir as pessoas a suspeitarem mal não é estar aberto para essa compreensão. Compreender é se colocar no lugar do outro sem condená-lo, se necessário, corrigir com franqueza e amor e não punir por motivo fútil. 
Sétimo: Família é o lugar de Deus. Foi o próprio Deus quem criou a família, logo, é a instância máxima depois da igreja na terra, a presença de Deus. Se a família é a "embaixada" de Deus na terra, logo a família deverá ser pautada na justiça, na misericórdia, na alegria, no equilíbrio no amor que lança fora o medo.
Obs. Todos esses itens se resume nas palavras de Deus: "não é bom que o homem esteja só". E então criou a mulher para formar com ela uma relação de ajuda.


domingo, 11 de novembro de 2012

"Sê Forte"


Mensagem 103. São Paulo, 11 de novembro de 2012.
I Timóteo 2,1-26. Pregador: Antonio José.

Meus amados louvado seja Deus pela sua bondade e misericórdia nos alegra. O louvor foi lindo... Muito lindo, creio e estou certo disso que agradou aos ouvidos de Deus. Abramos nossas bíblias no livro de I Timóteo 2,1-26. Paulo, ao dirigir-se ao seu discípulo Timóteo, o encorajou, e fez isso da seguinte maneira: 
1. Sê forte na graça de Deus. A obra de Deus é árdua, e exige de nós, uma força, não humana. Não é uma força humana. Para que possamos levar a obra de Deus ao seu desfecho final, é preciso que sejamos revestidos da graça de Deus. Sem a graça de Deus podemos desistir no meio do caminho; portanto, é uma obra de amor, de misericórdia. Muitos não suportam e desistem na metade do caminho ou talvez nem comecem a trilhar, pois, não suportam as adversidades que estão por vir. Somente por meio da graça podemos entender a fraqueza e a dificuldade dos outros. Paulo adverte seu discípulo a se fortalecer na graça. 
2. O compromisso moral de continuar ensinando o que aprendeu. Discípulo é aquele que dá continuidade a obra de seu professor. Ei pois, a obra de Deus... Não é uma obra parada e estática, mas uma continuação, um processo contínuo e assim as pessoas são agregadas ao Corpo de Cristo quando ouvirem a palavra e estes por sua vez, vão fazendo novos discípulos. 
3. A obra de Deus é árdua. O "sofrimento" de fazer Cristo formado nos corações dos homens. Paulo numa outro passagem ele fala a respeito de contrações. Assim como o mulher sente dores para gerar o filho do mesmo modo o mestre é aquele que sente essas "contrações" na alma até ver Cristo formado nos corações dos homens. Paulo convida a Timóteo a ser cúmplice com ele, a ser um com ele nessa empreitada. 
4. A causa de Deus deve estar acima de qualquer coisa. O soldado, não pode se preocupar com os seus interesses; acima de tudo está o interesse do Estado, que arregimentou. O soldado foi posto para defender a sociedade, portanto este é o interesse principal. Assim nós como soldados de Jesus Cristo, precisamos colocar a obra de Deus acima dos nossos interesses. É isso que Paulo queria dizer. 
5. Abraçar a obra de Deus tem um preço. Paulo abraçou a causa de Jesus ao ponto de ser preso e sofrer humilhações por causa dela. Paulo se preocupa e adverte o seu discípulo... É maravilhoso fazer a obra de Jesus, mas um preço deve ser pago, o preço até mesmo da humilhação. 
6. O sustento pastoral. Outro coisa embora Paulo não fale disso diretamente; mas esse verso é para aqueles que estão em frente da obra em tempo integral. Antes que, Timóteo se questionasse sobre como ele iria sobreviver materialmente, Paulo diz que o lavrador planta e ele deve ser o primeiro a gozar de seus frutos, portanto, é lógico que àqueles que se dedicam em tempo integral à obra de Deus, devem estar tranquilos, com suas consciências tranquilas de que, estes devem viver daquilo que pregam. 
Que Deus nos abençoe...


segunda-feira, 5 de novembro de 2012

"O Cuidado de Deus"


Mensagem 102. Manaus, 05 de novembro de 2012.
Isaías 64,4. Pregador: Antonio José.
"Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu um Deus além de ti que trabalha em favor daquele que nele espera". Essas palavras de Isaías me fazem refletir sobre quatro coisas. A primeira, o profeta fala de uma convicção, mas de uma convicção baseado no conhecimento que ele tinha de Deus. Pelo visto ele chama os seus ouvintes a um desafio, quando diz com toda sua certeza, que não há outro Deus, desde a antiguidade...Uma experiência profunda  de um homem absolutamente certo de sua fé, capaz de  exaltar a grandeza e o poder de Deus desde a criação; ao longo dos séculos. Ele, é o único! É Senhor do universo, o Todo-Poderoso. Isso ia de encontro com as religiões de sua época que cultuavam diferentes deuses de madeira, de argila, de pedra. O Deus de Isaías era diferente. Era um Deus do "amparo" e do "cuidado". Um Deus da história;  presente ao longo de toda a história humana, ele é o Senhor da história, nada foge aos seus olhos; nada foge ao seu controle. A segunda coisa - Deus é um Deus pessoal, um Deus que trabalha; ele não é uma força impessoal, ou alguma energia, ele é uma pessoa que trabalha. Ele não é algo inerte, ou mórbido, não há como fazermos uma imagem dele, como faziam os pagãos com os seus deuses, e mais podemos falar de seus feitos, ele trabalha. E ele trabalha em favor daqueles que esperam nele. A terceira coisa aponta para o favor de Deus. Ele  trabalha em favor pelos que esperam nele; não trabalha por meio do mérito humano, mas por meio da sua misericórdia;   não são os méritos humanos que vão fazer Deus agir; Ele age e age por meio da sua misericórdia em prol daqueles que fazem dele sua única esperança. Quem espera nele jamais deixará de experimentar o seu favor. A quarta coisa - esperar no Senhor... Esperar no Senhor significa...
Fazer dele sua única esperança.É reconhecer sua grandeza, seu poder.É depositar nele a razão de sua existência.É confiar que ele está agindo, e agindo sempre em seu favor, por meio de sua bondade e de sua misericórdia. É declarar que, a única certeza é, que Deus não nos abandona, pois desde a antiguidade, ele nunca abandonou quem soube esperar nele. Quem esperou nele? Abraão esperou o filho da promessa; Davi experimentou o cuidado de Deus segundo o que escreveu no Salmo 23. Ana orou e Deus ouviu sua oração, fazendo da mulher estéril mãe de filhos; Elias esperou no Senhor ser alimentado no período da seca e da estiagem. Os jovens da fornalha esperaram em Deus o livramento do Senhor, não se renderam aos intentos do faraó e creram no livramento divino. Deus é Deus, e desde da antiguidade não há outro igual a ele. Amém




terça-feira, 23 de outubro de 2012

"Fé é Um Patrimônio"



Mensagem 101. São Paulo, 21 de outubro de 2012.
1 Pedro 1:3-7
Pregador: Antonio José.

"Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos. Para uma herança incorruptível, incontaminável, e que não se pode murchar, guardada nos céus para vós. Que mediante a fé estais guardados na virtude de Deus para a salvação, já prestes para se revelar no último tempo, em que vós grandemente vos alegrais, ainda que agora importa, sendo necessário, que estejais por um pouco contristados com várias tentações, para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória, na revelação de Jesus Cristo..."

Paulo escreveu ao seu discípulo Timóteo, "combati o bom combate, terminei a minha carreira e guardei a fé". A fé segundo essas palavras de Paulo, corre risco, sempre estará correndo o risco, o risco de se perder; de deixar de ser, de existir. Quando aceitamos a fé, estamos correndo o risco de perdê-la. O risco será muito maior se for vivido como um sentimento. Como uma emoção. A fé provoca um impacto em todo o nosso ser, inclusive mexe com os meus sentimentos, mas ela não é sentimento. Podemos dizer que, fé é uma atitude.... Sim, mas mesmo assim, uma atitude sofre variação, pode ser circunstancial, e por conseguinte efêmera... Pedro na sua carta não define a fé, como  faz o livro de Hebreus 11. Mas, vai além. Fé é um patrimônio. Um patrimônio não se despreza, não se menospreza, pois, deve estar acima de qualquer coisa. Um patrimônio, é uma posse, é um bem. É algo precioso, mais precioso que o ouro. Fé é tudo. Sem fé eu não me encontro, eu não me vejo, eu não sou nada. Sou viciado nela, pois, de manhã, durante o dia todo, à noite, quando vou dormir não consigo deixar de beber na sua fonte. É maravilhoso, ela não me deixa eufórico, ela não me deixa em transe, ela me transcende, me eleva a alma, ela me faz encontrar o meu sentido, o meu significado, minha essência. Ela não é um objeto que me religa, não. Ela é tudo que me liga em Cristo. Sem fé nesse Jesus maravilhoso eu não sou nada. 


(baseado na pregação de domingo).  





domingo, 14 de outubro de 2012

"A Fornalha Ardente"

Mensagem 100. São Paulo, 14 de outubro de 2012.
Daniel 3:1-30. 
Pregador: Jordana Cantarelli. 

Introdução: O texto apresenta um relato que ocorreu com três jovens judeus, quando estavam junto com os demais no exílio babilônico. Deve ser lembrado que eram jovens crentes, que temiam a Deus, mas que naquele momento estavam diante de uma escolha. E qual era a escolha, adorar a estátua feita por Nabucodonosor ou serem lançados na fornalha ardente caso não o obedecessem. A ordem do rei era que ao som das trombetas, e da música, todos se prostrassem diante da estátua como se esta fosse uma entidade divina. Os jovens Misael, Azarias e Ananias ou adoravam a estátua, ou iriam para a fornalha. Árdua escolha...Os jovens se posicionaram, e pouco se importaram se fossem lançados na fornalha, o certo era que eles, não adorariam a estátua.  

Reflexão: Meus amados algumas lições tiramos deste texto. 
A "fornalha" é a situação que às vezes nos encontramos. E elas querem nos intimidar e nos fazer recuar. Elas nos assustam. Mas, por incrível que isso possa parecer, essas "fornalhas" se fazem necessárias para que por meio dela nos fortalecemos o nosso caráter. Deus não nos livra da fornalha, mas nos livra dentro dela. Por mais ardente que nos possa parecer. Foi no meio da fornalha que Deus mandou o seu anjo para proteger os jovens e livra-los de serem queimados mesmo que estes estivessem lá dentro. Do mesmo modo, nós nos encontramos em situações, tais como esses jovens. O medo toma conta da nossa alma; era como que tudo fosse se sucumbir... Meu Deus ficamos sem chão! Mas, aqueles jovens estavam certos que mesmo que Deus não os livrasse, pouco importasse a vida deles, pois, a sua fé, a fé desses jovens superava toda e qualquer ameaça, mesmo que essa ameaça era contra a própria vida deles. Deus quer que nós sejamos fiéis  a eles. Ele quer que, sejamos obedientes a ele, ele quer que nós sejamos confiantes na sua palavra. 
Fé não é sentimento!
Fé é uma convicção plena e absoluta que transcende toda lógica humana. Quando somos firmados nessa fé, nada poderá abalar a estrutura daquilo que acreditamos, e Deus do seu alto e sublime trono nos envia o seu anjo para nos livrar não importando o tamanho das labaredas que nos querem devorar...
Oremos...

domingo, 7 de outubro de 2012

"Qual a Sandália Que Você Calça?

Mensagem 99. Texto de Apoio: Êxodo 3,1-6 e Apocalipse 21 Antonio José - Pastor em 07 de Outubro de 2012 na Igreja Batista de Sião.

"Ora, Moisés estava apascentando o rebanho de seu sogro, Jetro, o sacerdote de Midiã, e ele levou seu rebanho para o lado ocidental do deserto e chegou a Horebe, o monte de Deus. 2 E o anjo do Senhor apareceu-lhe numa chama de fogo do meio de uma sarça. Ele olhou, e eis que a sarça ardia, mas não se consumia. 3 E Moisés disse: "Eu vou voltar para o lado para ver esta grande visão, porque a sarça não se queima." 4 Quando o Senhor viu que ele se virara para ver, chamou-o do meio da sarça: "Moisés, Moisés!" E ele disse: "Aqui estou". 5 Então ele disse: "Não se aproxime, tire as sandálias de seus pés, porque o lugar em que estás é uma terra santa ". 6 E ele disse: "Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacob." E Moisés escondeu o rosto, porque temeu de olhar para Deus".

Moisés, nasceu e cresceu na cultura egípcia,  mas era um hebreu. Sua história começa quando a sua mãe o coloca num cesto ainda bebê, e deixa-o nas águas do Nilo pra proteger da fúria da Faraó que ordenou a morte de todos os filhos dos hebreus para conter o  crescimento populacional. Mas, foi aí que sua irmã, o acompanhou de longe, até que este cestinho, vai para no lugar onde a filha do faraó se banhava, que logo ficou comovida vendo o menino. De imediato a irmã do Moisés se apresentou, sugeriu que se chamesse uma mulher hebreia para cuidar do menino. Isso feito o menino foi cuidado pela própria mãe e com certeza ensinou-o nos caminhos do Senhor. E hoje vemos o texto que relata o momento em que Moisés se encontrou com o Senhor, e aí ele aprende...
  1. O Deus  Jeová diferente de todos os deuses dos egípcios, tem um nome! É um Deus Pessoal; um Deus que se comunica.
  2. Aprende   que Jeová diferente dos deuses egípcios, é um Deus Santo. E o lugar  no qual este Deus está é santo tanto quanto. 
  3. Moisés aprende que diante desse Deus, ele, enquanto homem deveria estar totalmente despido... Despido de si, despido de qualquer coisa que profane a santidade de Deus.
  4. Embora o texto não diga isso, mas na medida em que a história se desenrola, fica claro que a vida do povo de Deus deve estar fundamentada na santidade de Deus. 
Qual a lição prática de tudo isso? Deus quer que nós honremos o nome dele Santo em todas as nossas ações. E é esta santidade que marca a verdadeira identidade daqueles que vão morar no céu. Observem o que diz o texto do Apocalipse 21,8... 
"Mas, quanto aos medrosos, e os infiéis, o detestável, como para os assassinos, os sexualmente imorais, feiticeiros, idólatras, e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre, que é a segunda morte. "
Quando o Senhor disse a Moisés, que o lugar onde ele estava era santo... Quando o Senhor mandou que ele tirasse as sandálias dos pés, ele estava dizendo que para nós estarmos na presença de Deus em paz é necessário que, tiremos as sandálias...
Dos nossos medos!
Sandália dos nossos ódios!
Sandália dos nossos desejos insanos!
Sandália das nossas magias!
Sandália das nossas idolatrias!
Sandália das nossas mentiras...
Somente os puros, os santos herdarão os céus.
A igreja não é uma brincadeira, um grupo qualquer, mas preferencialmente um lugar de santos, e sinceros. 
Qual a sandália que você calça?
Moisés calçava uma sandália...
Uma "sandália" que não era santa. E qual sandália? Não é uma sandália nos pés que vão sujar a nossa presença diante de Deus; mas sim, alguns caminhos, algumas ideias, alguns desejos, que precisamos deixar, pois, o lugar que ocupamos em Deus é um lugar santo; ou pelo menos deve ser santo.

(Mensagem do Pastor Antonio que usou o método  ilustrativo e não alegórico).