domingo, 2 de dezembro de 2012

"Culto de Ação de Graças"

107. "Um Coração Grato". Pastor Antonio José de Souza Pinto - São Paulo 02 de dezembro de 2012. Texto bíblico I Crônicas 29:1-30. 
Meus amados hoje celebramos o nosso dia de ação de graças. Isso não quer dizer que outros dias não os são. Sim todos os dias, são dias de ações de graças, mas de um modo especial, fazemos deste dia, faltando um mês para terminar o ano, um dia de ação de graças pelos feitos que o Senhor nos fez no decurso do ano de 2012. E um texto que retrata bem a nossa celebração é o texto de I Crônicas 29 no qual o rei Davi, manifesta sua gratidão a Deus por meio de sua voluntária contribuição. Baseado no texto podemos dizer que gratidão segundo a Bíblia é mais que um gesto de agradecimento, é uma atitude, uma prática de contribuição  por meio dos bens materiais. Podemo falar de algumas lições que mostram um coração grato.
1a. Lição: "Eu, pois, com todas as minhas forças já tenho preparado para a casa de meu Deus ouro para as obras de ouro, e prata para as de prata, e cobre para as de cobre, ferro para as de ferro e madeira para as de madeira, pedras de ônix, e as de engaste, e pedras..." (v.2). Uma pessoa que tem o coração grato a Deus, não age de modo leviano, superficial, sem ânimo; ao contrário se empenha com toda sua força, e  traduz isso por meio de um gesto, de uma oferta. É um gesto profundo que represente uma dedicação total, um empenho total. Não é um simples gesto; vazio; mas um investimento total no qual ele, o ofertante faça com um sentimento de dentro de sua alma.
2a. Lição. "E ainda, porque tenho afeto à casa de meu Deus, o ouro e prata particular que tenho eu dou para a casa do meu Deus, afora tudo quanto tenho preparado para a casa do santuário:Três mil talentos de ouro de Ofir; e sete mil talentos de prata purificada, para cobrir as paredes das casas".(v.3-4). Se o rei  Davi colocou toda sua força, ele não poderia fazê-lo apenas com um "muito obrigado", mas, ele entendeu que sua gratidão teria mais sentido, se esse seu sentimento fosse traduzido num "objeto material". E aí vemos o que ele fez; depositou ouro, prata e pedras preciosas. Hoje, não temos tudo isso, quem sabe? Mas, temos o nosso dinheiro, o produto do nosso labor, da nossa fadiga, daquilo que possuímos. Essa é a oferta que agrada o coração de Deus. Quando depositamos afeto, como o rei Davi, o fez, não medimos  esforços; não ha preço que pague quando nós amamos uma causa. Com certeza!
3a. Lição. "Quem, pois, está disposto a encher a sua mão, para oferecer hoje voluntariamente ao SENHOR?
 Então os chefes dos pais, e os príncipes das tribos de Israel, e os capitães de mil e de cem, até os chefes da obra do rei, voluntariamente contribuíram" (v.5 e 6). A nossa gratidão a Deus deve ser de caráter pessoal e espontânea. Uma oferta de gratidão é uma oferta provocada pelo sentimento de disposição voluntária, sem nenhuma coerção, ou pressão psicológica; não é uma barganha; não é uma troca. Quando feito assim,  ficamos preocupados e especulando querendo saber o que a igreja vai  fazer com a com a "minha" oferta; e se assim for, deixou de ser uma oferta voluntária. A igreja não é uma sociedade, seus membros não são sócios de Deus ou da igreja. O sócio quer saber do direcionamento do dinheiro. No caso apresentado por Davi isso é bem de diferente. A oferta deve ser voluntária. Mas, uma oferta voluntária é  produto de uma "consciência". Se não há um caráter de obrigatoriedade, logo o rei Davi apela para a consciência. Quanto a questão de consciência ninguém precisa ser lembrado. Ninguém precisa ser lembrado que tem uma família, por exemplo, e  que precisa ser sustentada; quando uma pessoa casa ela está investida de uma consciência de que agora, ela tem uma família e com esta, assumiu o compromisso formal e informalmente de supri-la. Da mesma sorte em relação a igreja. Davi tinha plena consciência de sua contribuição, porque ele foi cuidado por Deus. Deus usou por diversas vezes de misericórdia para com ele, por isso, o seu sentimento de gratidão a um Deus bom e misericordioso era algo inerente a sua natureza restaurada. 
4a .Lição. "E o povo se alegrou porque contribuíram voluntariamente; porque, com coração perfeito, voluntariamente deram ao SENHOR; e também o rei Davi se alegrou com grande alegria" (v. 9). A nossa gratidão uma vez traduzida em "bens materiais" não pode ser dada com tristeza, uma vez que é voluntária deve ser dada com alegria. Devemos, pois ofertar com alegria e não com constrangimento. É um prazer ofertar; sempre será um prazer quando se tem na alma a dimensão do perdão de Deus. Logo após a oferta, o rei Davi faz sua oração de gratidão e nela ele ressalta algumas verdades: 
1. Tudo pertence a Deus! " Por isso Davi louvou ao SENHOR na presença de toda a congregação; e disse Davi: Bendito és tu, SENHOR Deus de Israel, nosso pai, de eternidade em eternidade.Tua é, SENHOR, a magnificência, e o poder, e a honra, e a vitória, e a majestade; porque teu é tudo quanto há nos céus e na terra; teu é, SENHOR, o reino, e tu te exaltaste por cabeça sobre todos.E riquezas e glória vêm de diante de ti, e tu dominas sobre tudo, e na tua mão há força e poder; e na tua mão está o engrandecer e o dar força a tudo" (v.10-12).O mundo não seria o que é, se não fosse Deus. Tudo o que há no mundo, Deus é o seu Criador! Por isso ninguém pode se gloriar de possuir algum bem, mas poder se alegrar de que, se a pessoa tem alguma coisa é porque Deus a deu.  
2. Se tudo é de Deus, logo não podemos nos gabar disso ou daquilo. Quem sou eu? Disse  Davi. Ninguém pode querer levantar o nariz e se achar o bom e que sua oferta é mais significativa que as dos outros. "Porque quem sou eu, e quem é o meu povo, para que pudéssemos oferecer voluntariamente coisas semelhantes? Porque tudo vem de ti, e do que é teu to damos." (v.14).Isso é muito importante, posto que, aquilo que ofertamos nós estamos fazendo por meio da nossa oferta devolvendo pra Deus aquilo que lhe pertence. 
Meus amados, hoje nesta manhã de "ação de graças" o que vamos fazer é justamente isso, devolver ao SENHOR áquilo que pertence a Ele. Não podemos deixar o nosso coração se inflamar e achar que estamos fazendo um grande feito. Sim não deixa de ser um grande feito, é claro, mas não vamos nos gabar nisso, mas se alegrar, pois, que o que depositamos no altar é de Deus; todo o nosso trabalho; não importa o ramo de sua atividade profissional, saiba que se você está nesse emprego, ou se você é um empresário, saiba que isso é de Deus; e o que vocês estão fazendo é só devolvendo o que pertence a Ele. Que Deus nos abençoe com esta PALAVRA. OREMOS...

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