terça-feira, 3 de dezembro de 2013

32. "POR QUE JESUS SE AGRADOU DA OFERTA DA POBRE VIÚVA"

Lucas 21:1-4
E, olhando ele, viu os ricos lançarem as suas ofertas na arca do tesouro; e viu também uma pobre viúva lançar ali duas pequenas moedas; e disse: Em verdade vos digo que lançou mais do que todos, esta pobre viúva; porque todos aqueles deitaram para as ofertas de Deus do que lhes sobeja; mas esta, da sua pobreza, deitou todo o sustento que tinha.
Mensagem. 
Jesus se agradou da oferta da viúva pobre porque ela mostrou que,  não confiava nas suas moedas, mas, confiava em Deus, de tal modo que Jesus se comoveu diante de seu despojamento total. Ali estava tudo, sua oferta e ela mesma. Ela não pediu a comiseração de Deus, mas devolveu-lhe sua grandeza, sua benevolência. 

A atitude daquela mulher era muito mais que confiar em Deus. Aquelas moedas representavam um dia de trabalho, era tudo o que tinha, mas diante da comoção de Jesus, a lição que tiramos é o fato de que a "Casa do Tesouro" era mais importante que sua sobrevivência. A Casa do Tesouro é casa de Deus, onde se guarda tesouros preciosos, cujas traças não ferrugem, nem desgastam. Os tesouros da casa do Senhor eram, para aquela pobre viúva mais preciosos que sua aflição, sua necessidade; seu bem estar quem sabe... 

Jesus reprovou os demais porque eles eram avarentos. O avarento confia no seu dinheiro. Sua sobrevivência é maior que qualquer coisa. Não é solícito e nem desprendido; facilmente, entre escolher pela Casa de Deus e a sua, ele opta pela sua casa. E quando quer doar alguma coisa para a casa de Deus, ele doa aquilo que já não lhe tem serventia; mesa quebrada, sofá rasgado, cadeiras quebradas, fogão enferrujado, computadores do tempo da onça, etc, etc. 

O gesto da pobre viúva demonstra gratidão. Se Deus é o seu provedor, se Deus ocupa o primeiro lugar na sua vida; se Deus é o que lhe sustenta, logo, gratidão, honra é algo que faz parte de sua natureza. Honrar a Deus, não é uma obrigação, o gesto não lhe causa nenhuma  dor. Não é nenhum sentimento que lhe cause preocupação, como "pode faltar no amanhã aquilo que depositou", ao contrário,  é um gesto nobre de reconhecimento. 

A casa do Senhor é um único lugar no mundo que encontramos palavras que nos levarão para a vida eterna. O avarento tem o coração na terra. Luta para viver bem na terra. É ingrato, não enxerga o céu; nunca transcende o seu limite. Mas se prende nele. O avarento quer saber o que se faz com o dinheiro da igreja. Se ele depositou ele quer saber, pois, o que depositou não foi para Deus; ele entregou e não entregou ao mesmo tempo, pois ele quer relatórios, ele quer saber das contas, pois,  era o dinheiro dele. E desconfia que a igreja o está lhe roubando. 

O avarento, se contribui, ele o faz assim: que a igreja faça jantares, ele vai. Que faça eventos para angariar fundos, como almoço, sábado de pizza. Ele vai porque sabe que o seu dinheiro tem um fim, satisfazê-lo. Ele mesmo se engana achando que estava fazendo grande coisa, mas se ele está fazendo qualquer coisa com certeza é para ele mesmo, pois, Deus abomina esse tipo de contribuição que vai virar excremento. 

A oferta da viúva nos serviu de lição, pois, ninguém está desobrigado de ofertar na Casa de Deus. Não é a condição social de uma pessoa que vai determinar se deve ou não deve. Fé é fundamento de coisas que não se vêm; fé é o mais absurdo paradoxo do ponto de vista humano, pois, no caso de uma viúva daquela época, era mais para ser ajudada que ajudar. Mas, a economia de Deus diz o contrário, a casa de Deus, é o lugar da semente, deixar de semear lá faltará a todos,  seja rico ou seja pobre. 

Obs.: No mundo deve-se prestar conta do dinheiro, pois, o mesmo, no mundo não é bênção, mas uma potestade maligna. Na igreja fica um alerta, dinheiro, poder, são elementos vulneráveis a corromper.