sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

"ÁGUAS QUE DESCEM DO ALTAR"


114. Mensagem inspirada na pregação do Diácono Thiago no dia 28 de dezembro de 2012.
Apocalipse 3:1-7. 

1 - E AO anjo da igreja que está em Sardes escreve: Isto diz o que tem os sete espíritos de Deus, e as sete estrelas: Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives, e estás morto.
2 - Sê vigilante, e confirma os restantes, que estavam para morrer; porque não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus.3 - Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te. E, se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei.4 - Mas também tens em Sardes algumas pessoas que não contaminaram suas vestes, e comigo andarão de branco; porquanto são dignas disso.5 - O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos.6 - Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.
O livro do Apocalipse é uma benção de Deus para os homens, pois, nele está o pensamento de Deus para todos os tempos. Quando nós o lemos, não podemos perder de vista, os três aspectos que ele comporta: 1) O aspecto histórico; 2) O aspecto profético; 3) O aspecto prático. No que diz respeito ao aspecto histórico isso mostra que essa igreja, citada no texto lido, de fato ela existiu no tempo e no espaço; não é uma igreja fictícia, mas real. De fato existiu na Ásia Menor. Mas, essa igreja, ou aliás essa profecia dirigida àquela igreja, num determinado lugar, apontava para um período pela qual a igreja de Jesus iria passar, eis o aspecto profético que muitos teólogos escatologistas concordam; Deus não somente estava se dirigindo à igreja local, mas a igreja no decurso dos anos, especificamente um período. Portanto, baseado no Decreto de Fé da nossa igreja, entendemos, que essa igreja de Sardes representa o período em que se deu a Reforma Protestante. A igreja da Reforma, ou melhor, as igrejas que surgiram da Reforma Protestante, enveredaram pelo caminho da formalidade, da liturgia, dos atos religiosos, desprovidos do verdadeiro sentimento de espontaneidade, de comoção, de uma espiritualidade no que diz respeito a sua verdadeira essência.  Quando a Igreja se aliou ao Estado, tanto quanto a igreja Católica Romana, caiu no perigo de se tornar uma igreja secularizada. Por isso, a igreja tinha apenas uma aparência de igreja viva, mas no fundo, era uma igreja morta. Quando pensamos, nesse verso no qual, a igreja se julgava viva, mas, no fundo era uma igreja morta, nos leva para o terceiro aspecto. A questão prática. No que diz ao conteúdo prático, pensamos em nós... Isso nos incomoda, pelo menos deveria, 'ter apenas aparência de igreja santa, ou de sermos santos aparentemente, mas na verdade, estamos mortos...' Mas no que isso pode ser traduzido?... Quando a igreja é "normal". Na verdade nós somos humanamente falando anormais, pois, seguimos um padrão de vida, uma conduta de vida, diferente do que o mundo prega e acredita. Nossos valores são diferentes, são outros, são valores do céu. Quando, reproduzimos os padrões do mundo, somos uma igreja normal. E então aparentamos uma igreja viva, avivada, quando na realidade somos uma igreja morta. Isso ocorre quando não evangelizamos, quando não amamos, e quando não oramos, quando apostatamos da fé. Quando a fé se torna uma hábito religioso, ela vive apenas de aparência, do que lhe é conveniente, totalmente divorciada da vontade de Deus para nós. Longe de nós esse conceito de ser apenas uma igreja de aparência. Oremos...



"ÁGUAS QUE DESCEM DO ALTAR"

113. "Um lugar para Jesus". Pensamento inspirado na pregação de Jordana Cantarelli, no dia 24 de dezembro de 2012. 
Lucas 2:1-7
1 - E ACONTECEU naqueles dias que saiu um decreto da parte de César Augusto, para que todo o mundo se alistasse, 2 - (Este primeiro alistamento foi feito sendo Quirino presidente da Síria). 3 - E todos iam alistar-se, cada um à sua própria cidade.4 - E subiu também José da Galileia  da cidade de Nazaré, à Judeia  à cidade de Davi, chamada Belém (porque era da casa e família de Davi),5 - A fim de alistar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida.6 - E aconteceu que, estando eles ali, se cumpriram os dias em que ela havia de dar à luz.7 - E deu à luz a seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem.
O Maravilhoso  Conselheiro, o Pai da Eternidade, o Príncipe da Paz, Deus Forte, nasceu! O mundo mudou, moralmente mudou. Uma nova etapa na existência humana; os homens estavam diante daquele capaz de mudar a história de quem acredita. Jesus a esperança de um mundo que andava nas trevas; no mundo do pecado. Os homens estavam diante de sua redenção... O nascimento de Jesus, é o gesto amoroso de Deus; de um Deus que quis se aproximar do homem para ter comunhão com ele. O Natal não é uma festa social apenas, para nós que somos cristãos, o Natal é a festa de Deus para com os homens. Deus quis se aproximar do homem para ter com ele, um relacionamento de amizade, de amigo. Ele nasceu para trazer uma nova esperança. Mas, ao nascer na manjedoura, Deus sente o sabor da rejeição, da incredulidade, da obstinação dos homens... O Natal mostra, o quanto os homens rejeitam a Jesus... Sim, "não havendo lugar na hospedaria" significa, ilustra, elucida, a rejeição que Deus na pessoa de Jesus experimenta. Por isso,  hoje, na véspera de   Natal precisamos pensar no lugar que Jesus ocupa dentro do nosso coração. Se ele está ou não ocupando o lugar que merece ser ocupado. Deus espera que os homens abram os seus corações para ele fazer ali sua morada. Natal para nós que cremos é isso, é realmente uma "parada" para pensarmos como estamos agindo em relação a boa nova que ele, nos trouxe. Nós que estamos aqui, fizemos, assim creio, a escolha de dar o lugar para Jesus. Mas, o texto, aponta, deduzimos, que muitos  não terão lugar para ele nos seus corações... Deus que, veio ao mundo na pessoa de Jesus nos ensina que muitos não vão dar lugar para Jesus, porque não há lugar para ele, pois os seus corações estão preenchidos por tantas coisas, menos preenchido de Deus. Bem como, nos ensina, que muitos darão o lugar para Jesus. Jesus poderia ter nascido num palácio, mas não o fez, para mostrar que a mensagem do evangelho  encontrará pessoas solícitas, e pessoas rudes e duras de coração...
Oremos...  




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segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

"ÁGUAS QUE DESCEM DO ALTAR"


112. “A Benevolência de Deus” - Pastor Antonio José de Souza Pinto proferida em 23 de dezembro de 2012.  Na Igreja Batista de Sião na Moóca São Paulo.
Texto: Lucas 2,14 e Isaias 9,1s.

Na primeira noite do nascimento de Jesus, os anjos foram até onde estavam alguns pastores guardando os seus rebanhos; e de repente, começaram a recitar cânticos dentre esses um que dizia, “glória a Deus nas alturas, paz na terra, e boa vontade para os homens”. Esses pastores não tinham a menor ideia da dimensão do que era àquilo, mas já aguardavam como bons judeus que eram o Messias, de tal modo que eles correram até Belém para adora-lo. Muitas coisas nos chamam a atenção. Uma delas é o que os anjos estavam dizendo, davam glória a Deus ao mesmo tempo diziam aos pastores, que Deus usou de benevolência para com os homens de tal modo, que os homens também fossem benevolentes. Deus não veio até nós por obrigação; Deus não se sentiu coagido ou sofreu alguma pressão psicológica que o obrigou vir até nós. Deus veio aos homens porque assim o quis de boa e espontânea vontade. Quando nós amamos verdadeiramente, não agimos por obrigação à pessoa que amamos, mas agimos sim, com espontânea e boa vontade. Era isso que os anjos queriam nos dizer, Deus veio até nós com boa vontade; usou de boa vontade e é isso que ele espera de nós  que nós o amemos, que nós verdadeiramente o amemos, e façamos com boa vontade. Se, estamos aqui hoje; se caminhamos durante um ano inteiro, juntos adorando a Deus, servindo-o e contribuindo, tudo isso foi movido por um único sentimento, um sentimento de amor e não de obrigação, pois Deus na pessoa de Jesus nos ama com boa vontade... Outro texto que quero dividir com os irmãos, é o texto que se encontra no profeta Isaías, capítulo 9... A realidade em que o povo se encontrava no tempo do profeta Isaías era de total fracasso; de total derrota material e espiritual. O povo de Deus estava na iminência de ir para o cativeiro na Babilônia; pelo visto o povo estava numa situação de total desamparo; sem esperança quem sabe? Sem direção, quem sabe? De total abandono; mas foi no meio dessa realidade sombria, que Deus levantou o profeta para dizer que havia uma saída, sim, pois, o povo que andava nas trevas, sob a escuridão moral e espiritual, poderia contemplar a luz. Sem saber ao certo, o profeta estava apontando para o Messias,  para o Cristo Jesus, a única esperança. Ao profeta são revelados os atributos que agregam o nome de Jesus. Alias, não agregam, mas dizem quem de fato é o Messias. Ele é isso... O seu nome é...
1.     Maravilhoso. Uma pessoa agradável. Uma pessoa, que nos traz alegria; é bom e maravilhoso estar ao lado dele. Diferente dos deuses pagãos que causavam espanto e terror. O Messias é uma pessoa, cuja presença nos deixa, maravilhados.
2.     Conselheiro. O Messias é aquele que vem ao mundo para dar direção àquele que está perdido. É aquele que vem para abrir caminho. Mostrar o caminho.
3.     Pai da Eternidade. O Messias de Deus não está condicionado ao tempo e ao espaço; ele não nos ama dentro de um tempo; ele não nos ama de modo fracionado, como nós fazemos com ele. O amor e o cuidado dele não tem tempo de validade. E sabem por quê? Porque ele é eterno; isso quer dizer que podemos contar com ele em todos os momentos; pois, ele nos ama sempre.
4.     Deus Forte. Diferente dos deuses pagãos. Eu não consigo entender que existam pessoas que acreditam em entidades que se intitulam divinas. Não conhecem a Deus, com certeza. O nosso Deus é um Deus de guerra. É um Deus absolutamente confiável. Ele é o Deus soberano. Ele luta em nosso favor; com o Messias não precisamos de intermediários.
5.     Príncipe da Paz. É o Deus da paz,  que guarda os nossos corações; que nos traz bonança, alegria, refrigério. Ele nos faz repousar tranquilos.

Esse Messias, o amado de todas as nações é Jesus.  Sem Jesus, o homem  estará sem direção, sem comando; sem um objetivo de vida; sem Jesus o homem recorre a qualquer coisa. Apoia-se em qualquer coisa.  Sem Jesus o homem não é nada. O melhor presente que podemos nos dar na véspera de natal é recebê-lo como o único e suficiente salvador de nossas vidas. Oremos. 

domingo, 16 de dezembro de 2012

"ÁGUAS DE DESCEM DO ALTAR"


111. “Um Ano de Bênção” - Pastor Antonio José de Souza Pinto proferida em 16 de dezembro de 2012.  Na Igreja Batista de Sião na Moóca - São Paulo.
Texto: II Crônicas 29. Mateus 21,10-11. Aos vinte e cinco anos, o jovem rei começou o seu reinado; e a Bíblia diz que ele foi reto diante de Deus e o primeiro ato de seu governo foi abrir a porta da casa do Senhor, cujo pai o havia   fechado. Não só a fechou, como também  apagou as lâmpadas; e não se oferecia mais sacrifícios e nem se oferecia incenso. A porta da casa do Senhor fechada não havia mais culto. Se entendermos que, hoje nós somos a casa do Senhor e não um espaço físico que abriga a igreja... Se entendermos que nós somos o templo de Deus como disse Paulo, “somos a morada do Espírito Santo”, concluímos como lição de vida, que a “porta da casa de Deus” não é mais uma porta física, materialmente falando, mas um “estado” ou uma “condição”... Estamos meus amados no fim de mais um ano e entrando num novo ano... Momento de reflexão, de pensarmos sobre, o estado em que se encontra a nossa vida com Deus. Como se encontra?... Se quisermos começar um novo tempo, se queremos escrever uma nova história, precisamos começar pelo elementar. Olhar para dentro de nós mesmos, e pontuarmos sobre o que está fechado... Se a nossa vida espiritual está fechada em relação ao nosso Deus, com certeza outras “portas” também estarão. O rei Ezequias começou seu reinado fazendo o seu primeiro ato como soberano, “abrir a porta da casa de Deus”. Como homem justo que era, ele não poderia fazer outra coisa, dar alguns passos na sua vida  pública sem que antes não começasse pelo principal, abrir a porta da casa do Senhor... No final do ano precisamos fazer uma leitura dentro de nós, uma vez que somos a morada de Deus, como está o acesso de entrada entre nós e Deus... Entre eu e Deus? Se nos dedicamos apenas aos domingos, algumas horinhas, com certeza, estamos com a porta da casa do Senhor entre aberta ou fechada. Irmãos o rei Ezequias fez um apelo ao povo; que este fizesse um concerto com Deus. O povo estava distante da adoração, distante de Deus, pois a porta da casa de Deus estava fechada.  Então Ezequias faz um apelo...
10 - Agora me tem vindo ao coração, que façamos uma aliança com o SENHOR Deus de Israel, para que se desvie de nós o ardor da sua ira. 11 - Agora, filhos meus, não sejais negligentes; pois o SENHOR vos tem escolhido para estardes diante dele para o servirdes, e para serdes seus ministros e queimadores de incenso.
A negligência nos leva a indiferença...
A negligência nos leva a desmotivação...
A negligência nos leva na falta de empenho...
A negligência nos leva ao descaso.
Ao contrário, a diligência nos leva a observação...
A diligência nos leva a motivação...
A diligência nos leva ao empenho...
A diligência nos leva a consideração...
Amados outro texto que quero relacionar nesta noite. Jesus entrou no templo e lá encontrou cambistas, homens fazendo comércio dentro ou próximo ao recinto de adoração, o que levou a Jesus se indignar e expulsando a todos os mercenários, justificou recitando uma profecia de Isaías  “a minha casa é a casa de oração”... Pelo visto, ela não estava cumprindo com sua tarefa. Ela não estava ocupando o lugar que deveria ocupar... Ora! Considerando que, nós somos a casa de Deus, a pergunta é o que está ocupando o lugar de Deus dentro de Deus? Deus nos chamou para sermos “a casa de Deus”. Portanto, é preciso que nós olhemos para dentro de nós mesmos e aí identifiquemos sobre o que está ocupando o lugar de Deus dentro de nós. Satanás quer e isso é o seu intento, roubar o lugar de Deus; quer que nós cambiemos o lugar de Deus. Mas, este é o momento oportuno para que nós deixemos Jesus entrar em nós e ele faça uma obra de limpeza em relação a tudo o que está entravando nossa vida com Deus. Deus não só que abramos a porta da sua casa; mas ele quer ocupar o lugar que lhe é devido dentro de nós. Oremos...













domingo, 9 de dezembro de 2012

"ÁGUAS QUE DESCEM DO ALTAR"

110. “O Ministério é como dor de parto” Pastor Antonio José de Souza Pinto proferida no dia em que completa 25 de sacerdócio pastoral. São Paulo 09 de dezembro de 2012. Texto: “Meus filhinhos, por quem de novo sinto as dores de parto, até que Cristo seja formado em vós...” Gálatas 4.19. 

Meus amados, não vejo outra maneira de traduzir este dia em que completo 25 de ministério pastoral, senão com este texto no qual Paulo expressa o sentimento que experimentava na sua alma em relação aos crentes. E este é o mesmo sentimento de todo o pastor sincero, vocacionado, chamado realmente por Deus, e que não faz de sua laboriosa tarefa, uma profissão, mas um sacerdócio. Mas, que fique claro que a dor de parto não é apenas marcada por um sofrimento, mas concomitante  também por regozijo e alegria em saber que após o nascimento do seu bebê ou no decurso do seu parto, a mãe contemple o filho em seus braços. É maravilhoso gerar. Gerar filhos carnais é maravilhoso sim, mesmo que com dor, o sentimento de regozijo. Mas, no caso do filho espiritual, gerar filhos espirituais também é recheado de regozijo, mas de sofrimento, também. O que espera um pastor?... Que seus filhos cresçam e se tornem como disse Paulo, a “estatura de varão perfeito”, mas até aí esses filhos demoram a chegar... É doloroso para um pastor “perder” uma vida, ou seja, uma ovelha que deixa o rebanho no qual pastoreia. Isso é apenas um exemplo, dentre tantos... Talvez os irmãos não saibam  o quanto isso é sofrido. Bem quisera que uma ovelha permanecesse a vida inteira na igreja; é alegria do pastor ver os filhos crescerem, batizar os filhos dos filhos, casa-los, e poder “contar” com suas ovelhas em todo o tempo de sua existência. As pessoas que abandonam o ministério não sabem o dano que causam na alma do pastor. Não fazem ideia do dano que causam. E o pior é quando um determinado irmão ou irmã corteja o pastor, e o elogia, ao dizê-lo “amado pastor Antonio, saiba que eu te amo, mas... Meu lugar não é mais aqui”... Mas, eu pergunto o que é amar para essas pessoas? O que elas entendem por amor? O que quer dizer “eu te amo?” Será que essas pessoas sabem o que isso significa? Eu creio que não. E sabem por quê? Numa das definições sobre o amor, Paulo disse “que o amor não busca os seus interesses”... “Que o amor tudo suporta e tudo espera... Que o amor não se ensoberbece”. Logo, pelo visto, estamos aquém do amor declinado por Paulo. O mais doloroso para um pastor não nem perder uma ovelha, mas ouvir da boca dela a expressão de um sentimento que a gente sabe que não é verdadeiro. A dor de parto do pastor é, pois lidar com o contraditório; é lidar com esses entraves, transitar entre o falso e o verdadeiro, entre a  hipocrisia  e o coerente. A dor do pastor é lidar com o mistério; pois, lidamos com os corações humanos e não sabemos o que se passa lá dentro, não sabemos se esse coração é fiel. Para resumir o que é um ministério pastoral eu me apoio ainda na passagem de Gênesis cap. 31.38-41, no qual, Jacó presta um relatório ao Labão dos seus trabalhos dos vinte anos nos quais trabalhou para ele. O texto ilustra muito bem  o ministério de um verdadeiro pastor.
  • Vinte anos Jacó trabalhou para Labão. 
  • Nunca deixou que nenhuma ovelha abortasse.
  • Não comeu nenhum carneiro ou cabra.
  • Nunca trouxe nenhuma ovelha despedaçada.
  • E aquela que era despedaçada ele pagava.
  • Labão requereria as ovelhas perdidas.
  • De dia o calor lhe consumia a noite a geada, e havia noite que não dormia para tomar conta das ovelhas.
  • O salário de Jacó foi mudado dez vezes
O verdadeiro pastor lida com a mesma realidade que Jacó em relação ao seu sogro. Mas, isso é mais que atividade comum, é uma causa; é abraçar uma causa; é viver uma causa por amor àquele que o regimentou. Portanto, o ministério pastoral não pode ser reconhecido como profissão, pois, se isso acontecer o trabalho pastoral estará sendo comparado a qualquer atividade do mundo secular, e essa atividade que lida com o divino e o humano, não pode ser comparado a qualquer profissão, pois a mesma é muito mais, pois, enquanto, as profissões humanas preparam para a manutenção da sobrevivência aqui na terra; o ministério pastoral prepara os homens a viverem bem aqui na terra, e ainda trabalharem para esses mesmos homens olharem para o céu; os pastores trabalham para a sobrevivência no céu.
Oremos...







"ÁGUAS QUE DESCEM DO ALTAR"

109. “A igreja não é uma empresa, mas uma comunidade de redimidos” Pastor Antonio José de Souza Pinto proferida na EBD - São Paulo 09 de dezembro de 2012.
Texto bíblico: I Coríntios 6:15 – “Não sabeis vós que os vossos corpos são membros de Cristo? Tomarei, pois, os membros de Cristo, e fá-los-ei membros de uma meretriz? Não, por certo”. O texto que vamos utilizar é este quando Paulo nos adverte quanto ao nosso corpo o qual não deve ser entregue a uma prostituta; pois, nele o Espírito Santo habita. Mas, não é sobre essa questão que quero neste momento discorrer, mas sim sobre a expressão de Paulo, “nossos corpos são membros de Cristo”. Poderia ter dito “membros da igreja”, mas disse membros do corpo de Cristo. Paulo I Coríntios 12:27 vai dizer que a igreja é o corpo, “Ora, vós sois o corpo de Cristo, e seus membros em particular”. Paulo é absolutamente claro nessa colocação, “a igreja é o corpo de Cristo” sem dúvida, sendo assim a igreja, é, pois o Corpo de Cristo na terra. Eis, uma grande verdade, mas também um grande obstáculo, que, aliás, creio foi um dos maiores problemas da igreja, o qual resultou em divisões e contendas dentro da igreja. É, pois, separar a igreja corpo, como uma entidade divina e por outro lado uma entidade humana, uma tarefa difícil. A igreja perdeu ao longo dos tempos sua natureza divina para ser apenas uma associação de homens que professam uma fé. Essa separação; essa dicotomia trouxe prejuízos sim para a igreja e isso fez com que se caísse ao extremo, por um lado espiritualizar a igreja que diferente de espiritualidade, ou materializar a igreja, e a mesma ser vista como uma entidade humana desvinculada da sua transcendência. Espiritualizar a igreja acontece quando os líderes ou membros só conseguem contemplar a Deus a partir de seus sentimentos: “Deus me disse”, “Deus me falou”, “Deus manda dizer que...” “Deus está revelando isso”, etc., materializar é o contrário, “Deus não fala” é o homem que fala, ele diz o que deve ser feito, ele promove quem quer na igreja e destitui os outros; o pastor não é um sacerdote, mas um empresário do ramo igreja. Estabelecer a ponte de equilíbrio, entre o humano e o divino, é uma tarefa que não é tão fácil. É uma área tênue delicada. Como obra do Espírito a igreja deve ser dirigida pelo mesmo Espírito. Mas, como fará isso? Por meio dos homens os quais Deus os comissionou. Portanto, é preciso saber ao certo quem Deus comissionou, pois é dele a tarefa de ser o porta-voz de Deus na igreja; materializar eu diria é o aspecto jurídico da igreja, é o aspecto formal e organizacional, é necessário, uma vez que essa igreja espiritual é constituída de homens físicos, mas, a estrutura organizacional da igreja não pose se sobrepor a sua condição espiritual. Quando isso acontece, a igreja perde sua dimensão de céu e passa tão somente viver na terra como outra entidade humana. Os cristãos deixam de viver a essência do evangelho, para serem apenas depósitos de conceitos bíblicos e logo passa ser uma religião apenas, uma religião que não promove o céu na vida das pessoas, mas apenas costumes e tradições dogmáticas. Não é isso que Deus espera de sua igreja. O que ele espera, é que nós saibamos discernir e equilibrar essas duas realidades vitais da igreja; a igreja corpo de Cristo e igreja organização humana. 








segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

MENSAGENS PARA O CORAÇÃO...

108 - "Um Coração Grato" - Pastor Antonio José de Souza Pinto em 02 de dezembro de 2012. São Paulo. No dia de Ação de Graças. 
 Texto bíblico: "E aconteceu que, indo ele a Jerusalém, passou pelo meio de Samaria e da Galiléia; E, entrando numa certa aldeia, saíram-lhe ao encontro dez homens leprosos, os quais pararam de longe; E levantaram a voz, dizendo: Jesus, Mestre, tem misericórdia de nós. E ele, vendo-os, disse-lhes: Ide, e mostrai-vos aos sacerdotes. E aconteceu que, indo eles, ficaram limpos. E um deles, vendo que estava são, voltou glorificando a Deus em alta voz;E caiu aos seus pés, com o rosto em terra, dando-lhe graças; e este era samaritano. E, respondendo Jesus, disse: Não foram dez os limpos? E onde estão os nove? Não houve quem voltasse para dar glória a Deus senão este estrangeiro?". Mensagem: Meus amados em Cristo, hoje, estamos tendo um dia especial, um dia de ação de graças ao nosso Deus pelos feitos que ele nos tem feito. Como já disse pela manhã, todos os dias são dias de ação de graças. Mas hoje de uma maneira especial, um dia no qual dedicamos todo ao Senhor, e sobre isso, um texto nos chama atenção. O texto apresenta duas coisas importantes, além da cura dos homens, é o fato de Jesus ter ressaltado que o homem que voltou para a gradecer era um estrangeiro, um samaritano. Pelo visto, de quem não se podia esperar nada segundo a concepção dos judeus. E ainda os nove que também foram curados tudo indica que eram judeus. Sobre isso, é importante frisar que os judeus são privilegiados, pois, foram a eles que Deus se revelou e foi a no meio deles que nasceu o nosso Salvador. Mas, o que leva um povo tão abençoado, ser também ingrato? Pelo menos no caso aqui apresentado. Podemos deduzir que, uma coisa é ser religioso, outra coisa é ser espiritual, humano, sensato. O religioso  sofre a síndrome do ostracismo, quando a pessoa se fecha em torno dela mesma. Vamos ao exemplo, estou bem próximo de uma igreja que se diz congregação cristã, eles passam bem aqui em frente, na minha frente, estacionam o carro na frente da minha casa, mas, parece que eu sou invisível... Eles ao menos me dizem "boa noite" oi com licença.  Às vezes me pergunto, o que leva essas pessoas ignorarem os outros? Passam bem vestidos para a sua igreja, todos alinhados, engomados, mas e aí? Eu poderia dizer o seguinte, o religioso,  é aquele que não tem alegria na alma; o religioso é aquele que não tem sentimento de gratidão, o religioso é aquele que olha os demais com olhar de julgamento de juízo; o religioso não tem compaixão; o religioso é frio, calculista, legalista, fundamentalista, racista, fascista. O religioso é presunçoso, orgulhoso, prepotente, arrogante. Mas, tudo isso não define ainda quem o é. Lamentavelmente, o religioso é um homicida, pois,  não mata o corpo, mas a alma das pessoas, com os olhares condenatórios, sentenciosos, é um inquisidor. Quando Jesus se surpreendeu com o "estrangeiro" ele não só estava condenando os nove ingratos judeus, mas a visão distorcida que não é capaz de enxergar além de sua mente engessada. Jesus nesta passagem ainda condena, uma tendencia peculiar da natureza humana, a ingratidão... os judeus tiveram tudo e todas as oportunidades que um povo precisa para ser uma grande potencia no mundo. Do mesmo modo, os homens têm oportunidades, tem pessoas que lhes agregam coisas, mas, a tendência é parar para agradecer... A ingratidão é um sentimento hostil, uma prática hostil que não é capaz de enxergar os benefícios de Deus e o que os outros nos fazem...
Amém.




domingo, 2 de dezembro de 2012

"Culto de Ação de Graças"

107. "Um Coração Grato". Pastor Antonio José de Souza Pinto - São Paulo 02 de dezembro de 2012. Texto bíblico I Crônicas 29:1-30. 
Meus amados hoje celebramos o nosso dia de ação de graças. Isso não quer dizer que outros dias não os são. Sim todos os dias, são dias de ações de graças, mas de um modo especial, fazemos deste dia, faltando um mês para terminar o ano, um dia de ação de graças pelos feitos que o Senhor nos fez no decurso do ano de 2012. E um texto que retrata bem a nossa celebração é o texto de I Crônicas 29 no qual o rei Davi, manifesta sua gratidão a Deus por meio de sua voluntária contribuição. Baseado no texto podemos dizer que gratidão segundo a Bíblia é mais que um gesto de agradecimento, é uma atitude, uma prática de contribuição  por meio dos bens materiais. Podemo falar de algumas lições que mostram um coração grato.
1a. Lição: "Eu, pois, com todas as minhas forças já tenho preparado para a casa de meu Deus ouro para as obras de ouro, e prata para as de prata, e cobre para as de cobre, ferro para as de ferro e madeira para as de madeira, pedras de ônix, e as de engaste, e pedras..." (v.2). Uma pessoa que tem o coração grato a Deus, não age de modo leviano, superficial, sem ânimo; ao contrário se empenha com toda sua força, e  traduz isso por meio de um gesto, de uma oferta. É um gesto profundo que represente uma dedicação total, um empenho total. Não é um simples gesto; vazio; mas um investimento total no qual ele, o ofertante faça com um sentimento de dentro de sua alma.
2a. Lição. "E ainda, porque tenho afeto à casa de meu Deus, o ouro e prata particular que tenho eu dou para a casa do meu Deus, afora tudo quanto tenho preparado para a casa do santuário:Três mil talentos de ouro de Ofir; e sete mil talentos de prata purificada, para cobrir as paredes das casas".(v.3-4). Se o rei  Davi colocou toda sua força, ele não poderia fazê-lo apenas com um "muito obrigado", mas, ele entendeu que sua gratidão teria mais sentido, se esse seu sentimento fosse traduzido num "objeto material". E aí vemos o que ele fez; depositou ouro, prata e pedras preciosas. Hoje, não temos tudo isso, quem sabe? Mas, temos o nosso dinheiro, o produto do nosso labor, da nossa fadiga, daquilo que possuímos. Essa é a oferta que agrada o coração de Deus. Quando depositamos afeto, como o rei Davi, o fez, não medimos  esforços; não ha preço que pague quando nós amamos uma causa. Com certeza!
3a. Lição. "Quem, pois, está disposto a encher a sua mão, para oferecer hoje voluntariamente ao SENHOR?
 Então os chefes dos pais, e os príncipes das tribos de Israel, e os capitães de mil e de cem, até os chefes da obra do rei, voluntariamente contribuíram" (v.5 e 6). A nossa gratidão a Deus deve ser de caráter pessoal e espontânea. Uma oferta de gratidão é uma oferta provocada pelo sentimento de disposição voluntária, sem nenhuma coerção, ou pressão psicológica; não é uma barganha; não é uma troca. Quando feito assim,  ficamos preocupados e especulando querendo saber o que a igreja vai  fazer com a com a "minha" oferta; e se assim for, deixou de ser uma oferta voluntária. A igreja não é uma sociedade, seus membros não são sócios de Deus ou da igreja. O sócio quer saber do direcionamento do dinheiro. No caso apresentado por Davi isso é bem de diferente. A oferta deve ser voluntária. Mas, uma oferta voluntária é  produto de uma "consciência". Se não há um caráter de obrigatoriedade, logo o rei Davi apela para a consciência. Quanto a questão de consciência ninguém precisa ser lembrado. Ninguém precisa ser lembrado que tem uma família, por exemplo, e  que precisa ser sustentada; quando uma pessoa casa ela está investida de uma consciência de que agora, ela tem uma família e com esta, assumiu o compromisso formal e informalmente de supri-la. Da mesma sorte em relação a igreja. Davi tinha plena consciência de sua contribuição, porque ele foi cuidado por Deus. Deus usou por diversas vezes de misericórdia para com ele, por isso, o seu sentimento de gratidão a um Deus bom e misericordioso era algo inerente a sua natureza restaurada. 
4a .Lição. "E o povo se alegrou porque contribuíram voluntariamente; porque, com coração perfeito, voluntariamente deram ao SENHOR; e também o rei Davi se alegrou com grande alegria" (v. 9). A nossa gratidão uma vez traduzida em "bens materiais" não pode ser dada com tristeza, uma vez que é voluntária deve ser dada com alegria. Devemos, pois ofertar com alegria e não com constrangimento. É um prazer ofertar; sempre será um prazer quando se tem na alma a dimensão do perdão de Deus. Logo após a oferta, o rei Davi faz sua oração de gratidão e nela ele ressalta algumas verdades: 
1. Tudo pertence a Deus! " Por isso Davi louvou ao SENHOR na presença de toda a congregação; e disse Davi: Bendito és tu, SENHOR Deus de Israel, nosso pai, de eternidade em eternidade.Tua é, SENHOR, a magnificência, e o poder, e a honra, e a vitória, e a majestade; porque teu é tudo quanto há nos céus e na terra; teu é, SENHOR, o reino, e tu te exaltaste por cabeça sobre todos.E riquezas e glória vêm de diante de ti, e tu dominas sobre tudo, e na tua mão há força e poder; e na tua mão está o engrandecer e o dar força a tudo" (v.10-12).O mundo não seria o que é, se não fosse Deus. Tudo o que há no mundo, Deus é o seu Criador! Por isso ninguém pode se gloriar de possuir algum bem, mas poder se alegrar de que, se a pessoa tem alguma coisa é porque Deus a deu.  
2. Se tudo é de Deus, logo não podemos nos gabar disso ou daquilo. Quem sou eu? Disse  Davi. Ninguém pode querer levantar o nariz e se achar o bom e que sua oferta é mais significativa que as dos outros. "Porque quem sou eu, e quem é o meu povo, para que pudéssemos oferecer voluntariamente coisas semelhantes? Porque tudo vem de ti, e do que é teu to damos." (v.14).Isso é muito importante, posto que, aquilo que ofertamos nós estamos fazendo por meio da nossa oferta devolvendo pra Deus aquilo que lhe pertence. 
Meus amados, hoje nesta manhã de "ação de graças" o que vamos fazer é justamente isso, devolver ao SENHOR áquilo que pertence a Ele. Não podemos deixar o nosso coração se inflamar e achar que estamos fazendo um grande feito. Sim não deixa de ser um grande feito, é claro, mas não vamos nos gabar nisso, mas se alegrar, pois, que o que depositamos no altar é de Deus; todo o nosso trabalho; não importa o ramo de sua atividade profissional, saiba que se você está nesse emprego, ou se você é um empresário, saiba que isso é de Deus; e o que vocês estão fazendo é só devolvendo o que pertence a Ele. Que Deus nos abençoe com esta PALAVRA. OREMOS...

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"Quando Um Crente Ora"

106. Pastor ANTONIO JOSÉ - São Paulo, 30 de novembro de 2012. 
TEXTO: SALMO 18. Quando um crente ora, Deus se comove, ao ponto de vir da sua morada, montado num querubim. Ele sente a mesma dor e assume a causa do servo que o suplica. A palavra de Deus ressalta a oração de um homem na sua aflição. Davi expressou por meio de uma  linguagem figurada a dor e angustia que ele estava passado; laços de morte os cercavam, os inimigos estavam ao seu redor. Cadeias infernais atormentavam sua alma. Sua oração pode ser dividida em três partes:
1.Ele diz quem era Deus na sua vida. Deus era o seu escudo; era o seu libertador, era o seu lugar forte, sua fortaleza. O seu alto refúgio. Tudo indica que, Davi fazia de Deus, àquilo que de fato era. Mostra o quanto era um homem que tinha intimidade com Deus. Ele não pediu nada, pelo menos no início da sua oração, mas, deixou claro que Deus é tudo. Deus é tudo na sua vida... Só declara quem Deus é, quem realmente experimenta a Deus; os que têm intimidade com Deus, não fazem de Deus "um gênio da garrafa"; nem tão pouco têm uma ideia vaga dele, mas ao contrário, tem uma relação pessoal com Deus. Ao menos é isso que Davi demonstra na sua oração, no início de  sua oração. 
2. A segunda coisa é quanto o seu pedido; o texto diz que ele grita; gritar significa o desespero de um homem que deposita em Deus sua confiança; sua âncora de apoio. O texto continua e diz que, o seu grito subiu até o trono de Deus de tal modo que Deus se comoveu; Deus saiu de seu trono e veio na direção de seu servo; Deus se comove com um coração aflito, sobretudo quando esse coração aflito faz de Deus o seu único socorro. Deus transportou o servo servo para um lugar espaçoso; um lugar de liberdade, onde ele poderia caminhar com liberdade. "Lugar espaçoso" é um lugar de refrigério e descanso em Deus (v.19).
3. A terceira coisa, Davi reconhece quem é, um verdeiro crente. a) O verdadeiro crente é um homem sincero (v.23). b) O verdadeiro crente tem um coração puro (v.24). E foi baseado nisso que Deus se comoveu. Coração sincero e mãos puras comovem o coração de Deus. Em seguida, Davi declara que para com os puros o Senhor é puro, com o benigno o Senhor é benigno; com o sincero o Senhor é sincero; mas para com os insolentes, ele se mostra implacável.
4. Uma quarta coisa, Deus não esconde a condição do crente na terra; ele sabe, que o crente na terra vive uma guerra; uma  batalha contra as trevas, contra o adversário e pra isso, Deus prepara o crente, as mãos do crente para a batalha (34). De tal modo que o braço do guerreiro foi capaz de quebrar um arco de ferro.
Que Deus nos abençoe com esta palavra.