terça-feira, 13 de novembro de 2012

Quando Deus pensou na Família...

Pensou  em comunhão, pensou em comunidade. Foi ele mesmo quem afirmou que não era o bom que o homem ficasse só, e por isso, fez-lhe uma companheira para que lhe fosse idônea, uma companheira e ajudadora - Gênesis 2.18. Neste versículo há pelo menos sete princípios elementares que vão dar o verdadeiro sentido de família.
Primeiro: Família é um lugar de ajuda. Um lugar de cooperação mútua, um lugar de ponte. Não é um lugar de egoísmo, nem de indiferença, mas de cooperação mútua, capaz de superar os obstáculos os quais passaram a existir após a Queda humana. Na visão de Deus, a família é um lugar do encontro de troca, do "eu" e do "outro". O marido e mulher devem ser os modelos dessa cooperação. Os filhos devem se espelhar nesse modelo. É a partir dessa relação de ajuda que, os filhos formarão suas famílias depois.
Segundo: Família é um lugar de se criar vínculos. Nada do que foi dito no item primeiro terá sentido se a família não for a matriz, o núcleo da criação de vínculos. É uma fábrica de vínculos. Mais uma vez a indiferença, a neutralidade emperra a criação do vínculo. Vínculos são laços que aproximam as pessoas, que interagem umas com as outras. Na medida em que estes vínculos são consolidados maior será a possibilidade dos filhos no futuro criarem relações duradouras.
Terceiro: Família é o lugar de responsabilidade. Para que haja cooperação mútua e interação é preciso que haja responsabilidade de todos de um para com o outro. Mas, o que é responsabilidade? É o sentimento de ajuda, de zelo, de compromisso na manutenção da estrutura familiar. Isso deve começar pelos pais, ambos tem a missão para fazer prevalecer o seu bem estar e equilíbrio. Esse sentimento provoca atitudes de acompanhar os filhos no seu crescimento emocional, moral, espiritual e material. 
Quarto: Família é o lugar de disciplina. Uma comunidade não sobrevive sem limite e nem sem autoridade. É preciso que nesse processo de ajuda, de cooperação haja disciplina. Logo, não é uma ajuda "vaga", negligente, ela visa um fim, o reconhecimento do limite e do espaço do outro. Toda comunidade precisa de uma estrutura e a estrutura implica em ordem e limite. Os filhos vão aprender o que é limite a partir de uma disciplina firme e segura. 
Quinto: Família é o lugar da verdade. Ajuda, cooperação, responsabilidade afeto não se sustentam no meio da mentira. A mentira "quebra" com a unidade e provoca famílias disfuncionais. Desde cedo os pais devem falar a verdade com respeito. Primeiro devem viver a verdade entre si. Ser verdadeiros com os seus sentimentos, com as alegrias, com as dores. Se alguém esconder alguma coisa do outro gera medo, insegurança. Pra isso é preciso que o diálogo seja constante e sempre nutrido. A mentira provoca discurso contaminado, o contrário, o diálogo provoca sinceridade.
Sexto: Família é o lugar de compreensão. Estar sempre aberto para compreender, ouvir o sentimento do outro. Isso é muito importante, pois a tendência do homem após a Queda foi transferir a culpa para o outro dos erros e danos; isso é não estar aberto para compreender, mas julgar antes de ouvir os fatos como devem ser ouvidos. Julgar algo, ou induzir as pessoas a suspeitarem mal não é estar aberto para essa compreensão. Compreender é se colocar no lugar do outro sem condená-lo, se necessário, corrigir com franqueza e amor e não punir por motivo fútil. 
Sétimo: Família é o lugar de Deus. Foi o próprio Deus quem criou a família, logo, é a instância máxima depois da igreja na terra, a presença de Deus. Se a família é a "embaixada" de Deus na terra, logo a família deverá ser pautada na justiça, na misericórdia, na alegria, no equilíbrio no amor que lança fora o medo.
Obs. Todos esses itens se resume nas palavras de Deus: "não é bom que o homem esteja só". E então criou a mulher para formar com ela uma relação de ajuda.