segunda-feira, 18 de março de 2013

16. "TODO O VALE SE ENCHERÁ"

0016/2013.  Antonio José Pastor da Igreja Batista de Sião.
Pregação na cidade de Manaus no dia 17 de março de 2013. 
Texto: 1 - E no ano quinze do império de Tibério César, sendo Pôncio Pilatos presidente da Judéia, e Herodes tetrarca da Galiléia, e seu irmão Filipe tetrarca da Ituréia e da província de Traconites, e Lisânias tetrarca de Abilene, 2 - Sendo Anás e Caifás sumos sacerdotes, veio no deserto a palavra de Deus a João, filho de Zacarias. 
Exposição: Lucas ao citar esses nomes, procura mostrar aos seus leitores que, àquilo que ele estava escrevendo era uma realidade de fato; não se tratava de nenhuma ficção, ou a narrativa de algum mito. O que ele estava escrevendo era obra de Deus no meio dos homens. Como historiador, precisava assegurar aos seus leitores que, os escritos não eram poesias, ou crônicas, nem alguma novela. Mas, tão somente narrativa de uma realidade, plausível; realidade de Deus dentre os homens.
Texto: 3 - E percorreu toda a terra ao redor do Jordão, pregando o batismo de arrependimento, para o perdão dos pecados; 4 - Segundo o que está escrito no livro das palavras do profeta Isaías, que diz: Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor; Endireitai as suas veredas. 5 - Todo o vale se encherá, E se abaixará todo o monte e outeiro; E o que é tortuoso se endireitará, E os caminhos escabrosos se aplanarão; 6 - E toda a carne verá a salvação de Deus.
Exposição: 1) João foi escolhido por Deus para preparar o caminho do Senhor; isto quer dizer que, ele foi o mensageiro de Deus com o propósito de preparar os corações dos homens para as boas novas que Jesus estava por inaugurar. Ele se identificava como "a voz que clama no deserto". Depois cita as passagens de Isaías para afirmar que Jesus a quem ele anunciava era o Messias já previsto pelos profetas. 2 A voz que clama no deserto ilustra a realidade humana sem Deus - um deserto sombrio, medonho. Mas, há no meio dessa realidade sombria uma voz que clama por mudança. Na continuação João cita as palavras de Isaías. Há uma comparação entre os aspectos geográficos da Palestina e o coração humano. Eles os ouvintes de João Batista sabiam muito bem do que se tratava: O vale se encherá. O vazio humano. Assim como um vale seco sem água, assim é o coração humano sem Deus. Uma vida espiritual e moralmente vazia. Mas Jesus estava por vir para mudar essa realidade sombria. O monte se abaixará. Toda a dificuldade imposta na vida... Vivemos num mundo onde tudo é muito difícil. Todos os dias somos desafiados e enfrentarmos obstáculos, os quais tentam obstruir o processo da nossa existência. Mas, quando o homem se dispor a obra do evangelho, as coisas tendem a mudar; o crente encara de modo diferente as vicissitudes da vida. Os caminhos tortuosos de endireitarão. Os caminhos, os mais diferentes; caminhos que embrenhamos, caminhos que nós mesmos construímos. Quando chegamos ao evangelho, a proposta de Deus é que construamos uma nova história, um novo script de vida. 
Texto: 7 - Dizia, pois, João à multidão que saía para ser batizada por ele: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira que está para vir? 8 - Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento, e não comeceis a dizer em vós mesmos: Temos Abraão por pai; porque eu vos digo que até destas pedras pode Deus suscitar filhos a Abraão. 9 - E também já está posto o machado à raiz das árvores; toda a árvore, pois, que não dá bom fruto, corta-se e lança-se no fogo. 
Exposição: A multidão ia para ouvir a pregação de João Batista, e o profeta não mediu palavras para dizer-lhe como Deus a via. "Raça de víboras" era o conceito que o profeta tinha da multidão. Esse é o mesmo conceito que Deus tem de todo àquele que vive uma vida sem Deus. Os judeus ouvintes se julgavam bons e melhores que os outros povos, mas o principal, o que aproxima o homem de Deus, isso eles não tinham - o "arrependimento". Na vida temos e damos frutos; nossas aquisições, nossos diplomas, nossos certificados; tudo isso tem sim uma importância, mas não tem valor para um relacionamento com Deus, por isso, o homem continua perdido. A comunhão com Deus é mantida por via do arrependimento. Esse é o fruto que devemos ter, que devemos experimentar e viver. É esse o fruto que nos faz homens e mulheres espirituais; pessoas humanas, pessoas sensíveis a dor do outro, pessoas amorosas e sem rancores. 
Texto: 10 - E a multidão o interrogava, dizendo: Que faremos, pois? 11 - E, respondendo ele, disse-lhes: Quem tiver duas túnicas, reparta com o que não tem, e quem tiver alimentos, faça da mesma maneira. 12 - E chegaram também uns publicanos, para serem batizados, e disseram-lhe: Mestre, que devemos fazer? 13 - E ele lhes disse: Não peçais mais do que o que vos está ordenado. 14 - E uns soldados o interrogaram também, dizendo: E nós que faremos? E ele lhes disse: A ninguém trateis mal nem defraudeis, e contentai-vos com o vosso soldo. 15 - E, estando o povo em expectação, e pensando todos de João, em seus corações, se porventura seria o Cristo, 16 - Respondeu João a todos, dizendo: Eu, na verdade, batizo-vos com água, mas eis que vem aquele que é mais poderoso do que eu, do qual não sou digno de desatar a correia das alparcas; esse vos batizará com o Espírito Santo e com fogo. 17 - Ele tem a pá na sua mão; e limpará a sua eira, e ajuntará o trigo no seu celeiro, mas queimará a palha com fogo que nunca se apaga. 18 - E assim, admoestando-os, muitas outras coisas também anunciava ao povo.