93a Mensagem ministrada na XXI Assembléia Geral Ordinária da Convenção Batista Nacional em Ibitinga - São Paulo. Antonio José Sênior da Igreja Batista de Sião na Moóca.
Os discípulos não tinham a menor ideia, pelo menos uma ideia clara daquilo que Deus iria fazer deles. O que lemos em Atos dos Apóstolos deixa claro isso. Lucas que além de teólogo era um historiador faz questão de dizer que o que ele estava escrevendo correspondia as verdades dos fatos. Não era uma invenção, ou algum relato de algum mito, mas a verdade absoluta do que Deus fez logo após a partida de Jesus para os céus. Quarenta dias já haviam se passados desde a ressurreição. E Jesus estava na iminência de ser elevado aos céus. Mas e aí? O que aconteceria após isso? Parecia haver uma lacuna, um vazio. Era como tudo tivesse acabado. Jesus os orienta a permanecerem em Jerusalém até que lhes fosse derramado o poder do alto. Poder que, pelo visto, iria capacitá-los a serem testemunhas de Jesus, não só ali em Jerusalém, mas nas demais áreas e até os confins da terra. Uma coisa já estava claro ali, sem esse poder, isso não os tornaria capazes. Eles acham até que àquele momento era o momento do reino de Israel ser restaurado. Mas, logo Jesus os adverte, querendo dizer talvez que isso era o de menos, pois, o maior ainda estava por vir. Era, porém, segundo a ordem de Jesus que eles ficassem unidos e em Jerusalém até que do alto fosse lhes dado poder. Neste pequeno verso, Jesus começa já revelando algo muito importante, ao menos nas entrelinhas, ou expressamente era necessário que a unidade do grupo fosse mantida. Que ninguém fosse disperso. O poder não iria alcançar os sujeitos separados lá onde quer que estivessem. Ao contrário Deus iria mandar o seu poder para um grupo de pessoas. E desde então, a unidade vai fazer parte da nova comunidade que iria nascer. Os discípulos ficaram pois, juntos em oração num determinado espaço, tal como o Senhor havia ordenado. Talvez surgisse aqui no coração daqueles discípulos um sentimento de ansiedade e expectativa. Eles não ficaram dispersos, mas junto perseverando no mesmo lugar. Viram que era necessário que escolhessem mais um discípulo para substituir o Judas. Mas, o mais importante foi o que aconteceu cinquenta dias após a Páscoa. Os discípulos todos reunidos e de repente como forma de língua de fogo o Espírito Santo começou a descer sobre cada um dos presentes na reunião e todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar novas línguas. Línguas as mais diferentes de acordo com as pessoas que estavam ali no decurso da festa de Pentecostes. Os mais diferentes dialetos e línguas. Eis aqui apenas uma pequena amostra do que Deus iria fazer. O Pentecostes, conhecido por nós como o derramamento do Espírito Santo já nos coloca diante de uma missão: FAZER O EVANGELHO CONHECIDO À TODAS AS CULTURAS:
Os discípulos já estavam orando. Mas, isso não era o bastante. Deus iria constituir aqueles homens como suas autoridades. Deus queria fazer daquele grupo a embaixada de Cristo na terra.
O Espírito Santo impulsiona a testemunhar o que se experimenta na alma e no coração.
Todos os que estavam em Jerusalém ao verem o que aconteceu ficaram petrificados e julgavam que os discípulos estavam embriagados. Essa narrativa de Lucas merece uma observação. Se o derramamento do Espírito foi capaz de chamar a atenção dos que ali estavam na ocasião da festa pentecostal, mostra que foi algo:
Os ouvintes se comoveram! O Espírito Santo trabalhava; colocou mais de três mil pessoas chorando o seu pecado. E arguido o que precisavam fazer, sem pusilânime, Pedro respondeu: ARREPENDEI-VOS! Com esta palavra: arrependei-vos, Lucas traduz para seus leitores que esse sentimento é o arcabouço da história da Igreja dali pra frente. A Igreja vai se formando, e Pedro não se intimidava. Indo ao templo como bom judeu que era. Talvez Pedro não tivesse a ideia do que Deus iria fazer, ele e os demais julgavam que eram eles os verdadeiros judeus, pois acreditaram na promessa messiânica sendo cumprida. Mas, para os judeus mais radicais, estes começaram a ver nos discípulos mais um grupo herege que um grupo de judeus verdadeiros. Mas, quando Pedro subia ao templo levaram um paralítico. Pedro ousadamente disse àquele homem que ouro e prata não tinha... Pedro foi "lembrado" pelo Espírito Santo as ordens de Jesus, "em meu nome imporão as mão sobre os enfermos e estes serão curados". Pedro não hesitou. Disse que não tinha dinheiro, mas ele tinha algo melhor; o que ele tinha não era uma esmola, mas uma dádiva de Deus para mudar a história daquele desvalido e excluído pela sociedade judaica. O que ele tinha era Jesus e em nome desse Jesus ordenou que o paralítico andasse. Isso fez com que Pedro se posicionasse, pois, o ex-paralítico não deixava os dois, Pedro e João... E então Pedro começou a pregar. E isso provocou uma reação de hostilidade dos seus iguais, pois ensinava em nome de Jesus. Obsevem que, a notícia logo chegou nos ouvidos desses sacerdotes. Sem se preocuparem com a multidão convertida, prenderam Pedro e João. Colocaram-no no cárcere e lá ficaram a noite toda... As vezes fico pensando o que passava no coração daqueles dois discípulos naquela noite... Medo? Incerteza? Eu penso que não... Pois no dia seguinte por conta dos cinco mil novos discípulos, as autoridades religiosas chamaram a Pedro e João para se explicarem. Ousadamente, Pedro aproveitou para dizer: "Foi em nome de Jesus, Nazareno, àquele a quem vos crucificastes, mas a quem Deus o ressuscitou dentre os mortos, é por seu nome e por nenhum um outro que este homem fora curado." Mas, Pedro não parou aí. Ele ousou e disse: Em nenhum nome há debaixo do céu pelo qual devamos ser salvos, a não ser o nome de Jesus... Quanta determinação? Quanta coragem? Isso fez com que os religiosos ficassem admirados, pois perceberam que Pedro e João eram homens sem formação, sem cultura, iletrados... Mas, o que os levava a falarem com tanta convicção e sem medo? Os religiosos ficaram sem argumentos... Ficaram até emocionados! Mas não foram capazes de se renderem, ao contrário, o que eles poderiam fazer? Proibir aos pregadores que não falassem mais no nome de Jesus. Então depois de discutirem chegaram aos discípulos e lhes ordenaram que não falassem mais no nome de Jesus. Mas, intrepidamente Pedro se posicionou:
Respondendo, porém, Pedro e João, lhes disseram: Julgai vós se é justo, diante de Deus, ouvir-vos antes a vós do que a Deus; porque não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido. Atos 4:19-20. Deus nos ungiu para fazê-lo conhecido. Pedro e João tinham plena consciência dessa verdade, por isso, ousadamente, movido pela unção, respondeu com determinação. Isso quer dizer...
Os discípulos não tinham a menor ideia, pelo menos uma ideia clara daquilo que Deus iria fazer deles. O que lemos em Atos dos Apóstolos deixa claro isso. Lucas que além de teólogo era um historiador faz questão de dizer que o que ele estava escrevendo correspondia as verdades dos fatos. Não era uma invenção, ou algum relato de algum mito, mas a verdade absoluta do que Deus fez logo após a partida de Jesus para os céus. Quarenta dias já haviam se passados desde a ressurreição. E Jesus estava na iminência de ser elevado aos céus. Mas e aí? O que aconteceria após isso? Parecia haver uma lacuna, um vazio. Era como tudo tivesse acabado. Jesus os orienta a permanecerem em Jerusalém até que lhes fosse derramado o poder do alto. Poder que, pelo visto, iria capacitá-los a serem testemunhas de Jesus, não só ali em Jerusalém, mas nas demais áreas e até os confins da terra. Uma coisa já estava claro ali, sem esse poder, isso não os tornaria capazes. Eles acham até que àquele momento era o momento do reino de Israel ser restaurado. Mas, logo Jesus os adverte, querendo dizer talvez que isso era o de menos, pois, o maior ainda estava por vir. Era, porém, segundo a ordem de Jesus que eles ficassem unidos e em Jerusalém até que do alto fosse lhes dado poder. Neste pequeno verso, Jesus começa já revelando algo muito importante, ao menos nas entrelinhas, ou expressamente era necessário que a unidade do grupo fosse mantida. Que ninguém fosse disperso. O poder não iria alcançar os sujeitos separados lá onde quer que estivessem. Ao contrário Deus iria mandar o seu poder para um grupo de pessoas. E desde então, a unidade vai fazer parte da nova comunidade que iria nascer. Os discípulos ficaram pois, juntos em oração num determinado espaço, tal como o Senhor havia ordenado. Talvez surgisse aqui no coração daqueles discípulos um sentimento de ansiedade e expectativa. Eles não ficaram dispersos, mas junto perseverando no mesmo lugar. Viram que era necessário que escolhessem mais um discípulo para substituir o Judas. Mas, o mais importante foi o que aconteceu cinquenta dias após a Páscoa. Os discípulos todos reunidos e de repente como forma de língua de fogo o Espírito Santo começou a descer sobre cada um dos presentes na reunião e todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar novas línguas. Línguas as mais diferentes de acordo com as pessoas que estavam ali no decurso da festa de Pentecostes. Os mais diferentes dialetos e línguas. Eis aqui apenas uma pequena amostra do que Deus iria fazer. O Pentecostes, conhecido por nós como o derramamento do Espírito Santo já nos coloca diante de uma missão: FAZER O EVANGELHO CONHECIDO À TODAS AS CULTURAS:
- O Espírito Santo quebra com o paradigma do ostracismo.
- O Espírito Santo quebra com a indiferença cultural.
- O Espírito Santo quebra com paradigma do preconceito, do proselitismo, da religiosidade vazia. O Espírito Santo tem algo a comunicar e que todos precisam ouvir.
- O Espírito Santo renova os ânimos. Quem o recebe se emociona. Não há como não admitir que foi uma experiencia que mexeu com alma, com a emoção, com todo o ser.
Os discípulos já estavam orando. Mas, isso não era o bastante. Deus iria constituir aqueles homens como suas autoridades. Deus queria fazer daquele grupo a embaixada de Cristo na terra.
O Espírito Santo impulsiona a testemunhar o que se experimenta na alma e no coração.
Todos os que estavam em Jerusalém ao verem o que aconteceu ficaram petrificados e julgavam que os discípulos estavam embriagados. Essa narrativa de Lucas merece uma observação. Se o derramamento do Espírito foi capaz de chamar a atenção dos que ali estavam na ocasião da festa pentecostal, mostra que foi algo:
- Aconteceu uma efusão, ou seja, uma ação capaz de provocar manifestação de sentimentos, emoção.
- Houve uma comunicação de sentimento, ou seja, não foi algo para dentro de si, mas de dentro de si para fora.
- Houve um epifenômeno, ou seja algo que se uniu (O Espírito Santo e os discípulos) e provocou uma reação dinâmica ao ponto de ser observável.
- Se não houvesse nada disso, os que estavam ali não teriam observado nada.
- Ousadia.
- Determinação.
- Com coragem
Os ouvintes se comoveram! O Espírito Santo trabalhava; colocou mais de três mil pessoas chorando o seu pecado. E arguido o que precisavam fazer, sem pusilânime, Pedro respondeu: ARREPENDEI-VOS! Com esta palavra: arrependei-vos, Lucas traduz para seus leitores que esse sentimento é o arcabouço da história da Igreja dali pra frente. A Igreja vai se formando, e Pedro não se intimidava. Indo ao templo como bom judeu que era. Talvez Pedro não tivesse a ideia do que Deus iria fazer, ele e os demais julgavam que eram eles os verdadeiros judeus, pois acreditaram na promessa messiânica sendo cumprida. Mas, para os judeus mais radicais, estes começaram a ver nos discípulos mais um grupo herege que um grupo de judeus verdadeiros. Mas, quando Pedro subia ao templo levaram um paralítico. Pedro ousadamente disse àquele homem que ouro e prata não tinha... Pedro foi "lembrado" pelo Espírito Santo as ordens de Jesus, "em meu nome imporão as mão sobre os enfermos e estes serão curados". Pedro não hesitou. Disse que não tinha dinheiro, mas ele tinha algo melhor; o que ele tinha não era uma esmola, mas uma dádiva de Deus para mudar a história daquele desvalido e excluído pela sociedade judaica. O que ele tinha era Jesus e em nome desse Jesus ordenou que o paralítico andasse. Isso fez com que Pedro se posicionasse, pois, o ex-paralítico não deixava os dois, Pedro e João... E então Pedro começou a pregar. E isso provocou uma reação de hostilidade dos seus iguais, pois ensinava em nome de Jesus. Obsevem que, a notícia logo chegou nos ouvidos desses sacerdotes. Sem se preocuparem com a multidão convertida, prenderam Pedro e João. Colocaram-no no cárcere e lá ficaram a noite toda... As vezes fico pensando o que passava no coração daqueles dois discípulos naquela noite... Medo? Incerteza? Eu penso que não... Pois no dia seguinte por conta dos cinco mil novos discípulos, as autoridades religiosas chamaram a Pedro e João para se explicarem. Ousadamente, Pedro aproveitou para dizer: "Foi em nome de Jesus, Nazareno, àquele a quem vos crucificastes, mas a quem Deus o ressuscitou dentre os mortos, é por seu nome e por nenhum um outro que este homem fora curado." Mas, Pedro não parou aí. Ele ousou e disse: Em nenhum nome há debaixo do céu pelo qual devamos ser salvos, a não ser o nome de Jesus... Quanta determinação? Quanta coragem? Isso fez com que os religiosos ficassem admirados, pois perceberam que Pedro e João eram homens sem formação, sem cultura, iletrados... Mas, o que os levava a falarem com tanta convicção e sem medo? Os religiosos ficaram sem argumentos... Ficaram até emocionados! Mas não foram capazes de se renderem, ao contrário, o que eles poderiam fazer? Proibir aos pregadores que não falassem mais no nome de Jesus. Então depois de discutirem chegaram aos discípulos e lhes ordenaram que não falassem mais no nome de Jesus. Mas, intrepidamente Pedro se posicionou:
Respondendo, porém, Pedro e João, lhes disseram: Julgai vós se é justo, diante de Deus, ouvir-vos antes a vós do que a Deus; porque não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido. Atos 4:19-20. Deus nos ungiu para fazê-lo conhecido. Pedro e João tinham plena consciência dessa verdade, por isso, ousadamente, movido pela unção, respondeu com determinação. Isso quer dizer...
- A unção de Deus nos leva a experimenta-lo como Deus e Senhor de nossas vidas.
- A unção de Deus nos leva a experimentar a salvação em Cristo, e nos dá convicção de nossa redenção em Cristo.
- A unção de Deus nos leva a exercermos a autoridade de Deus na terra.
- A unção de Deus nos capacita a testemunharmos sobre Deus.
- A unção de Deus nos encoraja a testemunhar daquilo que experimentamos.
- Quem não testemunha nunca experimentou as grandezas de Deus. Nunca experimentou a salvação em Cristo.
- Quem não testemunha é apenas um simpatizante do evangelho e não um discípulo disposto a anunciar.
- A unção de Deus é autoridade de Deus em nós.
Assim que os apóstolos saíram da presença das autoridades religiosas foram para a 'igreja' = junto dos seus. A igreja começa a ter um corpo, a igreja começa ser formada sob o olhar da unidade, sob o olhar do fortalecimento e da oração. Ali oraram... Lucas teólogo e historiador fez questão de traduzir o conteúdo da sua oração:
- Reconhece a soberania de Deus sobre a criação. Deus está no comando de todas as coisas.
- Reconhece atuação do Espírito desde o Antigo Testamento.
- Reconhece que a experiência que eles estavam passando era obra do Espírito Santo.
- Reconhece que as autoridades humanas se coligaram, inclusive Israel contra o Ungido de Deus.
- Na oração os apóstolos reconhecem que Herodes, Pilatos, os pagãos e Israel se coligaram contra o servo Jesus a quem Deus ungiu.
Até aqui os apóstolos não fizeram nenhum pedido, mas apenas, exaltaram a Deus; oraram a própria palavra. Declararam a verdade da Palavra. Isso mostra o quanto eles estavam absolutamente firmados na verdade da Palavra de Deus; estavam convictos de que todas as profecias estavam se cumprindo. Declararam o quanto eles estavam dispostos. Finalmente, eles formulam o pedido. O pedido não manisfestou nenhum sentimento de medo, nem de pusilânime, ao contrário, eles pedem ousadia...
- Não feche aos olhos diante das ameças, Senhor.
- Não queremos ser pusilânimes; ao contrário, nos dê OUSADIA.
- Intrepidez na palavra para que continuassem a anunciar a palavra.
- Enquanto isso, estendes as tuas mãos para acontecer os milagres.
Enquanto, eles oravam, observem o que aconteceu: TREMEU o LUGAR, e todos ficaram CHEIOS do ESPÍRITO SANTO e com INTREPIDEZ, ou seja, com OUSADIA, eles anunciavam a Palavra. Ele nos ungiu para fazê-lo CONHECIDO. O lugar....
- O poder de Deus quebra barreiras.
- O poder de Deus mexe com a estrutura humana.
- O poder de Deus testifica o sobrenatural. A mente humana não é capaz de alcançar.
- O poder de Deus estremece e quebra o cedro do Líbano.
O lugar tremeu como testificação de que ERA ele, o próprio Deus que os ungiu para FAZÊ-LO CONHECIDO. Onde a unção de Deus está nada fica inerte, nada fica sem vida, nada fica letárgico, nada fica amargo, nada fica infrutífero. Onda há a unção de Deus, há vida, renovo, alegria, certeza, ânimo, regozijo....