58a Mensagem deste Domingo dia 08 de abril de 2012 - pelo Pr. Antonio José na IDPB na cidade de Manaus-Amazonas.
Texto: "Tenho desejado comer ansiosamente convosco esta Páscoa, antes do meu sofrimento" - Lucas. 22.15.
Era a última Páscoa que Jesus iria celebrar com os seus discípulos, e finalmente esta, seria o marco inicial de uma Nova Aliança que ele estaria celebrando, substituindo assim a antiga Páscoa, e a Antiga Aliança. Nesta Jesus, seria então o próprio cordeiro, mas desta vez simbolicamente representado no pão que seria partido. Portanto, era uma Páscoa cheia de significado. De significado que vai mudar toda a trajetória de uma vida com Deus. Finalmente, a Justiça de Deus, tão minuciosamente escrita no Antigo Testamento, agora, resumiria numa única pessoa, a saber Jesus. Eu acredito que o anseio de Jesus se explica pelo fato de que todo o ritual do Antigo Testamento seria finalmente substituído. Agora para que o homem pudesse ter acesso a Deus não mais precisará de um animal, ou da pessoa do sacerdote. A figura do sacerdote perde seu efeito. O sacerdócio aarônico perde o seu efeito para dar lugar ao sacerdócio de Cristo. Portanto, o único caminho para se chegar a Deus passa ser simples, mas deveras profundo: reconhecer em Jesus a justiça de Deus pela qual todo o homem, desde que se arrependa dos seus pecados aceite o Salvador Jesus Cristo. Sua dolorosa caminhada ao calvário elucida a nossa própria caminhada na terra. Quando o profeta Isaías fazendo alusão ao Messias sobre sua missão de levar sobre si todas as nossas dores e pelas suas feridas fomos sarados, elucidam a dolorosa caminhada de Jesus que revelam a nossa própria caminhada com a qual ele se identifica e assume:
- Jesus foi abandonado pelos seus discípulos no momento em que mais precisava deles. No jardim do Getesêmani, Jesus, fazendo valer as palavras de Isaías estava levando sobre si todo o nosso abandono, todas as nossas decepções, todos os momentos nos quais mais precisávamos dos amigos, mas ao contrário nos sentimos sozinhos.
- Quando Jesus foi ao Sinédrio, rasgaram suas vestes e zombavam dele. Jesus ficou despido diante dos seus algozes. Ali ele levou sobre si, todos os momentos nos quais fomos humilhados, nos quais nossa personalidade ficou manchada e ridicularizada. As vestes elucidam a nossa identidade. Naquele momento no qual as vestes de Jesus tinha sido rasgada, era a nossa própria identidade quando foi humilhada.
- Jesus foi coroado de espinho. Naquele espinho estava a nossa arrogância, a nossa prepotência. Jesus foi coroado de espinho para ser ridicularizado como rei, eis aí os momentos nos quais queremos ser melhores que os outros.
- Jesus foi traído e foi indicado aos seus algozes por um beijo. Beijo que é símbolo de amor, agora ali representava a traição. Jesus estava levando sobre si todos os momentos nos quais fomos traídos por pessoas que menos nós esperávamos. Amigos, parentes, etc. Pessoas de quem esperávamos beijo de afeto, recebemos a mais cruel traição.
- Poderíamos enumerar outros momentos dessa árdua e dolorosa caminhada. Mas, como conclusão para fazer valer as palavras do profeta Isaías, Jesus na cruz deu um grito. Os evangelhos não traduzem o grito. Mas aquele grito era o nosso grito, grito de dor, de desespero, grito de ajuda, grito de indignação, grito de justiça. Aquele grito de Jesus era o nosso grito. Oremos...