12a. Mensagem: O discípulo é aquele que foi gerado pela fé por meio do Evangelho; diferente do crente nominal, abraça e se empenha pela mesma causa e missão do seu mestre. Foi isso que os doze fizeram com os ensinamentos de Jesus. Mais tarde esse grupo de discípulo assumiu a missão de dar continuidade de fazer de todas as nações, discípulos de Jesus - ou seja, seguidores de sua ideia, de sua convicção, e não apenas crentes. Esse compromisso de gerar o outro por meio da fé é de tamanha importância, de tal modo que, Paulo, que gerou Timóteo, ao escrevê-lo o chamou de filho. Portanto, a relação entre mestre e discípulo, é uma relação de cumplicidade, de troca, de parceria, de companhia, de ajuda mútua, de empatia. Eu diria que, esta é a marca do verdadeiro discípulo e mais, aquele que abraça a mesma causa e a mesma missão. Paulo sabia que o seu ministério era um trabalho que exigia força e determinação, mas não poderia ser uma força física e nem intelectual. Por isso, advertiu o discípulo a se fortalecer na graça. A graça no contexto significa compaixão. Quem não tiver o mínimo de compaixão, desiste.No nosso dia-a-dia com Deus encontramos muitos crentes e poucos discípulos. Mas, isso vem lá, desde o Antigo Testamento. Exemplo, o caso de Mical, mulher de Davi; estava na janela só para julgar e reprovar o Davi porque dançava ante a arca do Senhor. Os que ficam na "igreja janela" não agregam nada pelo contrário, rejeitam a obra, sem saber o dano que isso causa aos seus "genitores" espirituais. O discípulo, é pois, convidado pelo Paulo a ser um combatente, a se unir a ele à essa laboriosa tarefa. Um discípulo se compromete a fazer novos discípulos e assim o Reino de Deus se expande, forma-se uma "cadeia discipular". E ao fazer isso o discípulo agrega suporte emocional e espiritual ao seu mestre, no caso o pastor, diferente do crente que só agrega problemas, é simulador, joga com ambiguidades, age como Mical, ficando só na janela para observar e criticar. O discípulo gosta de ser corrigido, pois está na condição de aprendiz, o crente, não gosta de ser corrigido, pois este é prepotente e arrogante. O discípulo é humilde, joga o bálsamo da cura sobre as feridas dos novos discípulos, o crente é presunçoso e criador de feridas sem se dar conta do dano causado. O discípulo chora pelo pecador, o crente o afasta. O discípulo termina a carreira, o bom combate, e mantém sua fé intacta, o crente é um soldado desertor. O discípulo "cheira os campos que o Senhor abençoou", o crente o odor do pecado. (Mensagem inspirada em II Tim. 3.1-4 e II Samuel 6.20-23)