18a Mensagem: II Timóteo 2.1-4
A relação entre o apóstolo Paulo e Timóteo era uma relação de filho. Como jovem discípulo, Paulo o tinha como aquele que iria continuar o que o seu pai espiritual havia começado, implantado e consolidado. Mas por conta da luta inerente ao ministério, Paulo o adverte a se fortalecer. Não numa força humana, mas numa força, que pudesse ir além desta, uma força divina; sem essa condição seria impossível continuar... É necessário a graça divina. Os homens são difíceis, ingratos, injustos, uns mais outros menos, o homem sem Deus e o homem que diz ter Deus, ambos exigem do pastor ou líder espiritual um esforço sobrenatural para suportá-los. Por isso GRAÇA aqui não pode ser aplicada de outra maneira a não ser, graça como BONDADE, MISERICÓRDIA E GRATIDÃO.
O motivo e a razão para continuarmos o ministério é imprescindível que sejamos revestidos da graça. Se nós não estivermos capacitados desses elementos que compõem a graça, como bondade, misericórdia, gratidão, fatalmente desistiremos. A “marca” do soldado nessa batalha que habilita para a guerra é a GRAÇA.
A obra de Deus é uma jornada longa e árdua! É um longo processo que eu chamaria "cadeia de formar discípulos”. Aquilo que Timóteo aprendeu de Paulo, agora, ele é orientado a ensinar os outros e assim a cadeia de discípulos cada vez mais vai aumentando. Paulo diz para Timóteo a sofrer com ele, como bom soldado, as aflições de Cristo. E então baseados no que ele escreveu podemos, podemos fazer um paralelo entre um crente e um discípulo.
O crente cria problemas.
O discípulo não agrega problema, mas busca solução.
O crente subtrai, e sobrecarrega o pastor com seus queixumes.
O discípulo procura ajudar o pastor a carregar o fardo da obra árdua que é feita no coração dos homens.
O crente não se importa com a obra de Deus, o discípulo é cúmplice com o pastor sobre a causa de Cristo, paga o preço.
O crente não tem objetivo ministerial.
O discípulo está investido de uma missão.
O soldado está sempre preparado para a guerra, assim é o discípulo ele conhece o inimigo e sabe que essa obra, a obra de Deus não é brincadeira, não é pra qualquer um, mas para corajosos. Os resultados nem sempre são os que humanamente esperamos, vem o desânimo! Por isso a graça é condição imprescindível para quem quer entrar nesse exército.